A primeira parte foi fria, a segunda foi quente, o prolongamento foi morno. Mas, mesmo assim a Croácia conseguiu chegar à primeira final de sempre. O mais longe que a Croácia tinha atingido num Mundial remonta a 1998, em França, quando conseguiu o terceiro lugar. Agora, 20 anos depois dessa conquista, os croatas estão na final do Mundial da Rússia, onde vão encontrar a França.

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As emoções ficaram ao rubro logo aos 5 minutos de jogo. Depois de uma falta de Luka Modric sobre Dele Alli, Kieran Trippier bateu o livre à entrada da área para dar vantagem à Inglaterra.

Foi o primeiro golo do lateral de 27 anos neste Mundial da Rússia e o terceiro golo de livre direto da Inglaterra em Mundiais nos últimos 50 anos. Os primeiros dois foram marcados por David Beckham em 1998 frente à Colômbia na fase de grupos e em 2006 com o Equador nos oitavos de final. Esta equipa inglesa foi a seleção que mais marcou de bolas paradas num Mundial, somando nove tentos até ao momento.

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Desde cedo que a Croácia mostrou ter dificuldades em manter a posse de bola com as jogadas a perderem-se por diversas vezes aos pés de Perisic. Os croatas não conseguiam aparecer no jogo e o meio campo revelou dificuldades em conter a pressão dos ingleses, que aproveitavam as saídas em contra-ataque.

Por outro lado, o ataque croata também não conseguia passar a defesa inglesa que fechava espaços e impedia que o perigo chegasse à baliza de Pickford.

Aos 22 minutos a Inglaterra voltou a ameaçar a baliza de Subasic desta vez por Harry Kane que aproveitou um erro da defesa croata para rematar numa altura em que estava isolado. A bola saiu ao lado e foi assinalado fora de jogo.

Perto da meia hora de jogo, os ingleses voltam a fazer tremer a seleção croata… por duas vezes seguidas. ­­Harry Kane teve duas grandes oportunidades para fazer o segundo golo da Inglaterra. Subasic defendeu a primeira vez, mas deixou a bola escapar, o que permitiu uma nova tentativa a Kane que acabou por acertar no ferro.

Até então as duas equipas tinham-se encontrado por sete vezes, sendo que a Inglaterra tinha levado a melhor em quatro jogos e a Croácia em dois, já o empate remonta a um amigável de 1996.

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A segunda parte do jogo começava da mesma forma que se jogou a primeira: sob o comando da Inglaterra. A Croácia subia ligeiramente as linhas, mas não era o suficiente para fazer frente ao adversário, que ia baixando a velocidade do jogo. ­A Inglaterra prosseguia com menos posse de bola que os croatas, mas visivelmente mais forte.

A oportunidade de maior perigo da Croácia chegou aos 65 minutos de jogos por Perisic que remata para o corte de Kyle Walker, que acaba por ser assistido. Apenas três minutos depois, os croatas respondem e um cruzamento de Sime Vrsaljko pela direita permite a Perisic aparecer nas costas de Walker e fazer o empate para a Croácia.

O aspeto mental começa a dar sinais de vida e enquanto a Croácia aparecia mais forte, a Inglaterra sentia as consequências do golo e ficava desconcentrada. Os ingleses começavam a descer cada vez mais o rendimento e a Croácia criava cada vez mais perigosa, encostando os adversários.

Os números provavam isso mesmo, visto que aos 80 minutos de jogo, a Inglaterra tinha feito três remates, nenhum deles enquadrado, já a Croácia somava seis, dois enquadrados. Também a posse de bola começava a mostrar o fosso entre as duas equipas, com a Croácia a ter 70% contra 30% dos adversários.

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Até ao final do tempo regulamentar, tudo se manteve igual. A Croácia seguiu então para o terceiro prolongamento consecutivo na competição e arrastou consigo os ingleses.

A primeira seleção a aproximar-se do golo neste prolongamento foi mesmo a Inglaterra que depois de uma segunda parte fraca, surgiu com força depois dos 90 minutos, mas foi a Croácia a chegar ao golo por Mandzukic que aproveitou uma falha na defesa inglesa e finalizou sem hipótese para Pickford.

 A saída de Kieran Trippier por lesão deixou a Inglaterra a jogar com 10 nos últimos minutos do prolongamento, visto que já tinha feito as quatro alterações permitidas – três no tempo regulamentar, mais uma em caso de prolongamento. Nessa altura, já pouco havia a fazer e a tática croata levou a melhor.

Na final, os croatas vão medir forças com a França, seleção que afastou a Bélgica nas meias-finais. Os gauleses procuram o segundo título Mundial em três finais, tentando também redimir-se da final do Euro2016, perdida em casa para Portugal.

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