Cristiano Ronaldo começou de forma extraordinária o Mundial de futebol de 2018, com um ‘hat-trick’ à Espanha, sublimado com um livre direto que valeu o empate, aos 88 minutos, e já ‘pensa’ nos 100 golos por Portugal.

Durante muitos anos, ninguém se aproximou do ‘rei’ Eusébio, que fechou a carreira na equipa das ‘quinas’, em 1973, com 41 golos, em 64 internacionalizações ‘AA’, mas Pauleta conseguiu-o a 12 de outubro em 2005, para parar nos 47, em 88 encontros.

Seis golos, um hat-trick de Ronaldo, no empate entre Portugal e Espanha
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Estes números pareciam ‘grandes’, mas, então, surgiu Cristiano Ronaldo, que, do alto da sua ‘imensidão, já ‘esmagou’ autenticamente esses registos, tornando-os ‘pequenos’, tendo colocado, para já, a fasquia nos 84 golos.

A sua longevidade, de mais de 15 anos – estreou-se a 20 de agosto de 2003, em Chaves, perante o Cazaquistão – e 151 jogos, ajuda, sobretudo porque o atual capitão luso, agora com 33 anos, está no topo do Mundo há uma década e não parece interessado em abandonar a elite, muito pelo contrário.

Formado no Sporting, Cristiano Ronaldo começou a carreira como extremo, jogando mais fora da área, sempre mais perto de assistir do que em marcar, o que não o impediu, porém, de começar a faturar desde cedo: na seleção, fê-lo pela primeira vez ao oitavo jogo.

Na abertura do Euro2004, e depois de entrar ao intervalo, marcou de cabeça com o encontro a acabar, na sequência de um canto, não evitando, porém, o desaire por 2-1 com a Grécia, para 18 dias depois, apontar golo idêntico, já titular, ajudando Portugal a bater a Holanda (2-1) e a chegar à final.

Ronaldo fechou 2004 com sete golos - em 16 jogos, depois de não ter marcado nos dois que realizou em 2003 -, registo que só igualou sete anos volvidos, em 2011, em apenas sete jogos. Nesse intervalo, destaque para os seis de 2006 e os cinco de 2007.

Em 2013, bateu o seu recorde, com 10 golos, em apenas nove encontros, para, cada vez mais no meio e menos nas alas, melhorar o registo em 2016, com 13, o seu recorde, sendo que, em termos de épocas, tem como melhor a passada (2016/17), com 14.

Histórico: Cristiano Ronaldo é o primeiro jogador a marcar em 10 jogos seguidos na Champions
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No ano passado, apontou 11 tentos, em outros tantos jogos, e em 2018 leva cinco, em apenas quatro embates, sendo que a contagem da época 2017/18, que termina no final do Mundial2018, vai em nove tentos, em oito encontros.

A este ritmo, Cristiano Ronaldo chegará rapidamente aos 100 golos, uma marca ‘impensável’, tendo até em conta que, em toda a história do futebol, só um jogador superou esse registo numa seleção, o iraniano Ali Daei, com 107. Para já, com 84, igualou o segundo melhor de sempre, o húngaro Ferenc Puskas.

Para chegar à centena, faltam 16, número que pode, tranquilamente, conseguir em menos de duas temporadas, numa altura em que ainda não é certa a sua continuidade no Real Madrid, embora o capitão luso tenha contrato com os ‘merengues’.

Cristiano Ronaldo já conta 33 anos, mas, como uma gestão adequada, como a que lhe foi ‘imposta’ esta época pelo francês Zinédine Zidane no Real Madrid, tem-se apresentado sempre a top, como mostrou ter chegado ao Mundial de 2018.

Depois do ‘hat-trick’ à Espanha, o ‘7’ luso terá pela frente, no Grupo B, dois adversários bem menos cotados – Marrocos, na quarta-feira, e Irão, a 25 de junho – e boas perspetivas para aumentar a contagem.

Para já, Cristiano Ronaldo é o melhor marcador do Mundial, único jogador com três golos, e pode chegar, numa primeira fase, aos nove do ‘rei’ Eusébio, o melhor marcador português em Mundiais, pois faltam-lhe apenas três.

Além dos três à Espanha, tornando-se o quarto jogador da história a marcar em quatro mundiais, depois do brasileiro Pelé e dos alemães Uwe Seeler e Miroslav Klose, o ‘7’ luso já tinha um em 2006, de penálti, ao Irão (2-0), um em 2010, à Coreia do Norte (7-0), e outro em 2014, ao Gana (2-1).

Depois de alcançar os nove de Eusébio, o objetivo seguinte será a dezena, que lhe abrirá as portas do ‘top 10’ da história da competição, sendo que, chegando aos 11, juntar-se-á no sexto posto ao húngaro Sandor Kocsis e ao alemão Jürgen Klinsmann.

A tabela é liderada pelo alemão Miroslav Klose, com 16 golos, enquanto o brasileiro Ronaldo é segundo, com 15, e o também germânico Gerd Müller terceiro, com 14. Seguem-se o francês Just Fontaine, com 13, e o braileiro Pelé, com 12.