O alemão Miroslav Klose, com 16 golos, o último nos 7-1 ao Brasil, nas meias-finais de 2014, é o melhor marcador da história dos Mundiais de futebol, com mais um tento do que o brasileiro Ronaldo, o ‘Fenómeno’.

Autor de 71 tentos em 127 jogos pela ‘Mannschaft’, Klose é o segundo germânico a liderar a lista, depois de Gerd Müller, que apontou 14 golos e liderou de 1974 a 2006, altura em que foi ultrapassado por Ronaldo, que conseguiu 15.

Natural de Opole, na Polónia, o avançado que passou por Kaiserslautern, Werder Bremen, Bayern Munique ou Lazio apontou cinco tentos em 2002, outros tantos em 2006, quatro em 2010 e dois em 2014, face ao Gana e, depois, com o Brasil.

Desta forma, Klose destronou Ronaldo, que faturou quatro vezes em 1998, oito em 2002, incluindo um ‘bis’ na final com a Alemanha (2-0), e três em 2006.

O último lugar do pódio pertence a Gerd Müller, que apontou 10 em 1970, sagrando-se melhor marcador, e quatro em 1974, um deles na final com a Holanda (2-1), de Johan Cruyff, no Olímpico de Munique.

A completar o ‘top 5’, surgem o francês Just Fontainte, que apontou os seus 13 golos em 1958, recorde ‘impossível’ de bater, e o ‘rei’ Pelé, tricampeão pelo Brasil, que marcou seis em 1958, um em 1962, outro em 1966 e quatro em 1970, para um total de 12.

Nos lugares imediatos, com 11 golos, estão o húngaro Sandro Kocsis, que apontou todos em 1954, e o alemão Jürgen Klinsmann, autor de três em 1990, cinco em 1994 e três em 1998.

Com 10 golos, segue-se um sexteto, que inclui germânico Helmut Rahn (1954 e 1958), o peruano e ex-portista Teofilo Cubillas (70 e 78), o polaco Grzegorz Lato (74, 78 e 82), o inglês Gary Lineker (86 e 90), o argentino Gabriel Batistuta (94, 98 e 2002) e o alemão Thomas Müller (2010 e 2014), a única ameaça aos primeiros.

Por seu lado, o argentino Lionel Messi (um golo em 2006 e quatro em 2014, para um total de cinco) e o português Cristiano Ronaldo (um em 2006, um em 2010 e um em 2014, para um total de três) estão muito longe do topo da lista.

Como Messi na Argentina, Ronaldo não é, sequer, o melhor marcador do seu país, já que a tabela lusa é liderada de forma destacada pelo ‘rei’ Eusébio, que segue no 14.º posto da geral, com os nove tentos de 1966, edição em que foi o melhor marcador.

Na história dos golos, também figurará para sempre o francês Lucient Laurent, que marcou o primeiro golo da história, a 13 de julho de 1930, no embate inaugural da prova realizada no Uruguai, entre a França e o México (4-1).

Muitos outros golos entraram na lenda, como o do inglês Geoff Hurst, que não terá entrado, na final de 1966 ou os dois, um com a ‘mão de Deus’ e outro após fintar mais de meia equipa inglesa, do argentino Diego Armando Maradona no jogo com a Inglaterra dos ‘oitavos’ da segunda edição realizada no México, em 1986.

Em termos coletivos, a Alemanha desalojou o Brasil da liderança, graças ao 7-1 com que humilhou os anfitriões do Mundial de 2014, nas meias-finais, somando agora 224 golos, contra 221 dos ‘canarinhos’, líderes antes do jogo do Mineirão.

A Argentina, derrotada na última final pelos germânicos, no prolongamento, ascendeu, por seu lado, ao último lugar do pódio, com 131 golos, destronando a Itália, que soma 128 e é a grande ausente da edição de 2018, marcada para a Rússia.

No total, em 20 edições do Mundial, marcaram-se 2.379 tentos, em 836 jogos, o que perfaz uma média de 2,85 golos por encontro, dos 2,21 de Itália, em 1990, aos 5,38 de 1954.

*Artigo publicado originalmente no dia 22 de maio