O estádio Fisht, em Sochi, foi tomado pelo vermelho, e, apesar de o complementar amarelo de Espanha predominar sobre o verde de Portugal, milhares de adeptos lusos fizeram a festa nas imediações antes do jogo de estreia no Mundial2018.

Quase sempre organizados em grupos e trajados a rigor, muitos foram os apoiantes da equipa das quinas que fizeram longas viagens, nos últimos dias, para chegarem a até esta estância balnear russa, para assistir o duelo ibérico.

Foi o caso de Hugo Mendes, que veio de Lourosa, no norte de Portugal, para viver uma experiência que o próprio confessa estar a ser inesquecível.

"Chegámos quinta-feira à noite, num grupo de amigos, e estamos a gostar muito da cidade e, sobretudo, do ambiente que está criado para apoiarmos a nossa seleção. Mesmo sabendo que vamos defrontar uma equipa forte, acho que Portugal tem equipa para ganhar", disse à Lusa o adepto nortenho.

Hugo sobressai do grupo que integra por estar vestido com uma invulgar camisola amarela, alusiva ao Lusitânia de Lourosa FC, clube da sua localidade, do qual é presidente.

Nessa qualidade de dirigente, foi questionado sobre que conselhos daria ao seu homólogo Fernando Gomes, da Federação Portuguesa de Futebol, para esta campanha de Portugal no Mundial da Rússia.

"Ele não precisa de conselhos [risos]. De certeza que tem acompanhado a equipa e dado o moral que é sempre importante nesta situação. Um presidente tem de se certificar de que nada falta aos atletas e estou certo que a eles não lhes falta nada", disse a sorrir.

Mais ao lado, Paulo Pereira absorvia o momento de chegar ao estádio, depois de um dia quase sem dormir que o trouxe desde o Funchal, na Ilha da Madeira, até Sochi.

"Estou praticamente de direta, mas vale a pena. É uma experiência inacreditável. É a primeira vez que estou num Mundial e é emocionante ver os portugueses a fazerem a festa tão longe de casa", partilhou o jovem adepto.

O madeirense mostrou-se esperançado numa vitória da seleção nacional frente a Espanha, e antecipou que será um seu conterrâneo quem irá desequilibrar a partida.

"Vamos ganhar 1-0, com o golo do Ronaldo como é natural, até porque sou vizinho, também venho da mesma freguesia [Santo António]", partilhou.

Na companhia deste ‘vizinho’ de Cristiano Ronaldo estava, de bandeira portuguesa às costas, Sérgio Alves, que viajou de Viana do Castelo, e também como amigo madeirense é um estreante em Mundiais.

"É o concretizar de um sonho, e para já está a ser espetacular, melhor só mesmo quando festejarmos a vitória de Portugal neste jogo", disse confiante.

Este vianense, considera que Portugal não é um favorito à conquista do título mundial, mas lembra que "também no Europeu não era e conseguiu vencer”.

“Temos de ir a jogo e perceber que este grupo é traiçoeiro", completou.

Menos preocupado com essas contas estava Rogério Santos, cuja nacionalidade facilmente se percebeu pela camisola da seleção brasileira e um chapéu com os tons verdes e amarelos.

"Vim do Rio Janeiro para acompanhar o Brasil, mas como arranjei bilhetes para este jogo vim dar a minha força aos ‘irmãos' portugueses", disse Rogério, completando: "Falamos a mesma língua, e por isso uma ajuda extra para calar os espanhóis será sempre bom".

O brasileiro acredita que Portugal tem equipa para "fazer um bom Mundial", mas avisa que o seu apoio aos lusos "não será incondicional".

"Até ao momento que Portugal se meter no caminho do Brasil, estaremos sempre a torcer vocês, mas se esse jogo acontecer, este pacto de irmãos tem de ser suspenso", vincou a sorrir.

A seleção portuguesa estreia-se esta sexta-feira no Mundial de Futebol de Rússia, no duelo ibérico frente à Espanha, do grupo B, num jogo que terá lugar na cidade de Sochi, às 21:00 (19:00 em Lisboa), que terá arbitragem do italiano Gianluca Rocchi.

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