A seleção portuguesa de futebol tem no sábado um ‘teste de fogo' no Euro2020, quando enfrentar em Munique a poderosa e favorita seleção alemã, que recebe o campeão europeu à procura dos primeiros pontos no Grupo F.

Depois da vitória suada frente à frágil Hungria (3-0), apesar do resultado não transparecer as dificuldades sentidas, Portugal terá pela frente uma seleção portadora de três títulos continentais (1972, 1980 e 1996) e quatro cetros mundiais (1954, 1974, 1990 e 2014), mas ‘ferida', face à derrota perante a campeã Mundial França (1-0).

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Se na terça-feira, os mais de 60.000 adeptos húngaros tentaram transformar a Puskás Arena, em Budapeste, num autêntico inferno para a equipa de Fernando Santos, a Allianz Arena apenas está autorizada a abrir as portas a 14.500 espetadores, correspondente a 22% da lotação.

Esta será a primeira vez que Portugal irá jogar na casa do Bayern Munique contra a 'mannschaft', mas a segunda que pisa este palco, depois da derrota com a França (1-0), nas meias-finais do Mundial de 2006.

Para encarar os húngaros, a grande dúvida incidia nos médios que Fernando Santos iria lançar de início, mas acabou por nem surpreender, uma vez que apostou na sua dupla predileta: Danilo Pereira/William Carvalho.

Contudo, para o confronto no segundo maior recinto futebolista da Alemanha (75.000 espetadores), o ‘onze' luso poderá ser o mesmo, ainda que, uma mudança no meio-campo ou no ataque, não sejam de estranhar.

Rui Patrício deve continuar entre os postes, assim como Nélson Semedo, Rúben Dias, Pepe e Raphaël Guerreiro, autor do primeiro golo luso no torneio, na linha defensiva.

Danilo Pereira e William Carvalho voltarão, provavelmente, a ser os dois médios escolhidos, atrás de Bruno Fernandes, sendo que é no ataque que poderá acontecer uma surpresa.

A exibição ‘cinzenta' de Diogo Jota frente aos magiares pode custar um lugar entre os titulares ao avançado de Liverpool, por troca com Renato Sanches, o que possibilitaria a Portugal jogar com Bernardo Silva e Cristiano Ronaldo, que fez o ‘bis' ante Hungria, mais soltos na frente.

Rafa, que juntamente com o médio do Lille, saiu do banco para ser o catalisador do jogo inaugural, também espreita uma chamada ao ‘onze', mas, nesse caso, sem alterar o sistema 4x3x3.

Fernando Santos tem ainda de preocupar-se com três dos 26 convocados que vai prescindir da ficha de jogo e ‘enviar' para a bancada, como aconteceu com o defesa Diogo Dalot, o médio João Palhinha e o avançado Gonçalo Guedes diante dos magiares.

Por seu lado, o selecionador germânico, Joachim Löw, no comando da equipa desde 2006, mas que deixa o cargo concluída a participação no torneio, para dar lugar ao compatriota Hansi Flick, já deixou claro que os encontros com os lusos e húngaros, na segunda e terceira jornadas, respetivamente, servirão para "corrigir tudo".

Os resultados obtidos em solo germânico não trazem boas memórias ao campeão europeu, que apenas por uma vez saiu a sorrir, quando bateu a Alemanha (1-0), ainda como RFA, em Estugarda, para a qualificação do Mundial de 1986.

De resto, os lusos empataram 1-1 em 1938, em Frankfurt, e perderam em 1960 e 1982, por 2-1 e 3-1, em Ludwigshafen e Hannover, respetivamente, sempre em jogos particulares.

Na qualificação para o Mundial de 1998, a equipa das ‘quinas' conseguiu um empate a um golo, em Berlim, e na fase final do mundial de 2006 saiu derrotado de Estugarda (3-1), no jogo de atribuição dos terceiro e quarto lugares.

Portugal defronta no sábado a Alemanha, em Munique, às 18:00 locais (17:00 em Lisboa) e na quarta-feira a França, no regresso a Budapeste, pelas 21:00 (20:00).

O Euro2020, que foi adiado para este ano devido à pandemia de covid-19, realiza-se em 11 cidades de 11 países diferentes, até 11 de julho.