O triunfo na Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao Paços de Ferreira, finalista vencido da Taça de Portugal, foi alcançado com "serviços mínimos" e esteve longe de agradar ao treinador Jesualdo Ferreira.

A formação tetracampeã nacional estreou um "onze" renovado com as entradas de Belluschi, Varela e Álvaro Pereira, para colmatar as saídas de Lucho, Lisandro e Cissokho, mas a máquina evidenciou ainda falta de potência.

A vitória por 2-0 e a conquista do primeiro troféu da época disfarçou em parte as carências da equipa, que volta a defrontar o Paços de Ferreira, pela terceira vez consecutiva, para a I jornada da Liga.

Com as equipas a afinar os respectivos motores e em contagem decrescente na grelha de partida para o campeonato, o FC Porto parte como um dos favoritos ao título e com a aliciante de poder somar o segundo "penta" da sua história.

Jesualdo Ferreira já admitiu que o campeonato vai ser "muito difícil" e "equilibrado" e desvalorizou as vitórias e derrotas alcançadas pelas equipas adversárias na pré-época, por não contarem para nada.

A gestão desportiva, com a substituição gradual dos jogadores que saíram, e financeira, com a entrada de dinheiro fresco para os cofres, voltou a ser o trunfo dos "dragões" no defeso para o arranque de mais uma época

Colocado um ponto final sobre o tabu da continuidade ou não de Jesualdo Ferreira no comando técnico, o FC Porto lançou no mercado algumas das suas pérolas, como Lucho, Lisandro e Cissokho, e foi comedido nas aquisições.

Lucho (Marselha), Lisandro (Lyon) e Cisskho (Lyon) renderam ao FC Porto um encaixe de cerca de 57 milhões de euros, três vezes mais do que gastou com as contratações de Belluschi, Álvaro Pereira, Falcao e Prediger.

O brasileiro Hulk é, feito o balanço da pré-temporada e tendo em conta o final da anterior, a estrela em ascensão no firmamento "azul e branco", que poderá não ter meios para evitar que vá brilhar para outras galáxias.