“Faleceu às 10 da noite por enfarte. Nos últimos dias não estava muito bem. Não é muito inesperado, pois já tinha 90 anos”, afirmou um filho de Fernando Riera, citado pelo jornal chileno “La Tercera”.

Como jogador, Fernando Riera representou o Chile na fase final do Mundial de 1950, tendo marcado um golo aos Estados Unidos, e, já como técnico, levou o seu país ao terceiro lugar no Mundial de 1962, que organizou.

Em Portugal, o chileno, nascido a 27 de Junho de 1920 em Santiago do Chile, passou por Belenenses (1954/55 a 56/57), Benfica (62/63, 66/67 e 67/68), FC Porto (72/73) e Sporting (74/75), tendo “brilhado” sobretudo nos “encarnados”, pelos quais conseguiu 69 vitórias em 92 jogos.

Riera conduziu o Benfica ao título em 1962/63 e, numa segunda passagem, em 66/67, tendo ainda iniciado a campanha rumo ao ceptro de 67/68.

Na primeira época, e em substituição do húngaro e bicampeão europeu Bela Guttmann, o chileno conduziu os “encarnados” a uma terceira final consecutiva da Taça dos Campeões, perdida para o AC Milan (1-2, em Wembley).

Na época de 67/68, em que o Benfica ainda foi liderado por Fernando Cabrita e o brasileiro Otto Glória, Fernando Riera conduziu a equipa nas duas primeiras rondas da Taça dos Campeões, deixando-o nos quartos de final.

Antes, em 1954/55, no começo da sua carreira como treinador, este quase a levar o Belenenses a um segundo título de campeão nacional (após 45/46), mas perdeu-o a quatro minutos do final da última jornada.

Um golo do “leão” Martins, aos 86 minutos, empatou o Belenenses (2-2), no Campo das Salésias, e ofereceu o título ao Benfica, então liderado por Otto Glória.

Numa longa carreira como técnico, Fernando Riera passou também por clubes como o Nacional, do Uruguai (1960), o Boca Juniors, da Argentina (71 e 72), ou o Deportivo da Corunha, de Espanha (73).

Riera morreu na sua casa em Providencia, à qual rapidamente foram chegando familiares e amigos, e hoje o seu corpo será trasladado para outro lugar, sendo que o funeral deverá realizar-se sábado.