Na I Liga o campeonato nacional está relançado, com o Benfica a perder, em duas semanas, seis dos dez pontos de avanço que tinha sobe o FC Porto.

Uma quebra de forma clara das águias que, desde o retomar da competição após a mais recente paragem para os jogos das seleções nacionais, para além de duas derrotas no campeonato, ante FC Porto e Chaves, perderam ainda pelo meio com o Inter de Milão para a Liga dos Campeões.

Foram, pois, três derrotas consecutivas (algo que há muito não se via para os lados da Luz) da turma de Roger Schmidt, que até março tinha sofrido apenas uma derrota na temporada. Porém, após o regresso à competição depois dos compromissos das seleções, o Benfica disputou quatro jogos: ganhou um (1-0, com dificuldade, no terreno o Rio Ave) e perdeu então três (1-2 com o FC Porto, 0-2 com o Inter e 0-1 em Chaves).

Quebra é generalizada entre a maior parte dos líderes

Mas não se pense que é só o Benfica a sofrer deste mal. Um pouco por todos os campeonatos dos principais campeonatos europeus esta tendência de quebra dos líderes no mês de abril, após os jogos das seleções, tem sido uma nota dominante.

Em Inglaterra, o Arsenal somou apenas uma vitória em três jogos (empatou os outros dois). Liderava com oito pontos de vantagem sobre o Manchester City, agora lidera com apenas quatro de vantagem.

Em Espanha, o Barcelona disputou quatro jogos e também só ganhou um (foi goleado por 4-0 pelo Real Madrid, sendo eliminado da Taça de Espanha e empatou com Girona e Getafe para a La Liga). A vantagem no topo da classificação é ainda de uns confortáveis 11 pontos, mas era de 12 antes da paragem.

Em Itália, o Nápoles - campeão praticamente consagrado da Serie A - também não resistiu a esta malapata. Se até ao início da abril só tinha sofrido 3 derrotas no conjunto de todas as competições, no corrente mês já sofreu mais duas. Em quatro jogos disputados ganhou um, empatou outro e perdeu dois (ambos com o Milan: um por copiosos 0-4 para a Liga italiana, outro por 0-1 para a Liga dos Campeões). A vantagem no topo da Serie A era de 19 pontos, agora é de "apenas" 14.

Na Alemanha, o Bayern até mudou de treinador, mas a emenda parece estar a sair pior o que soneto: em cinco jogos, duas vitórias, outras tantas derrotas e um empate. É verdade que os bávaros não lideravam a Bundesliga antes da paragem para as seleções (estavam a um ponto do Dortmund) e agora lideram (com dois pontos de vantagem), mas já se viram afastados da Taça da Alemanha e ficaram com pé e meio fora da Liga dos Campeões.

Em França, o Paris Saint-Germain não está tão mal como os líderes acima mencionados, mas o facto é que também não escapou a um desaire mal a competição retomou (derrota por 1-0 com o Lyon) antes de se reencontrar, com dois triunfos nos dois últimos jogos, cimentando até a liderança na Ligue 1, que era de 7 pontos antes da paragem para as seleções e é agora de oito.

Por fim, nos Países Baixos, foi, dos líderes das sete principais Ligas europeias, o que melhor se deu desde o retomar da competição: quatro vitórias e apenas uma derrota no conjunto de todas as competições. Liderava a Eredivisie com seis pontos à maior sobre o mais direto perseguidor, agora lidera com oito. Porém, a derrota sofrida neste pós-seleções custou-lhe a eliminação da Taça...