Bruno de Carvalho mostrou ontem o seu repúdio pelo polémico caso da ausência de Miguel Rosa e Deyverson no Benfica-Belenenses.

Os dois jogadores dos azuis do Restelo, considerados dois dos elementos mais influentes da equipa de Lito Vidigal, não alinharam ontem contra o seu antigo clube, apesar de não terem qualquer ligação contratual no presente aos encarnados.

O presidente do Sporting insurgiu-se contra esta situação numa mensagem publicada na sua página pessoal no Facebook e relembrou o caso Abdoulaye registado na época passada entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães. Para sustentar a sua crítica, o líder leonino recorreu ao artigo 52.º do Regulamento da Liga.

Leia aqui a mensagem de Bruno de Carvalho na íntegra:

"As coincidências do Desporto, cada vez mais um jogo de "Verdade ou Consequência"

O Benfica, assim como já tinha acontecido na época passada com o Porto no caso Abdoulaye, jogou hoje contra um Belenenses que se viu impedido de fazer alinhar Miguel Rosa e Deyverson, dois dos seus melhores e mais influentes atletas. É importante não nos esquecermos que o artigo 52 do regulamento de competições da Liga proíbe qualquer tipo de acordo que iniba a utilização de atletas emprestados, estando na mesma situação, como será lógico, atletas que o tenham estado e/ou tenham sido alvo de algum outro acordo de venda, cedência ou partilha de direitos.

No Expresso de hoje surgiu uma notícia que confirma o que referi na última Hora do Presidente: o "casamento" entre Benfica e Porto, para além das evidentes vantagens para ambos, que se tem vindo a notar nas linhas semanais que partilham em conjunto, tentam com uma regionalização da centralização dos direitos televisivos prejudicar gravemente o Sporting CP. Luís Duque é o homem com a missão de a fazer, como ele próprio o anunciou. Fica demonstrado que infelizmente o Sporting CP tem ainda muitas batalhas para travar e muito com o que se indignar. Enquanto os nossos rivais ficam com os "ases", as capas de jornais que escondem as suas dificuldades e as “medalhas de ouro” atribuídas inclusivamente a cada acto fútil e/ou inútil que promovem, ao Sporting continuam a calhar apenas os “duques”.

Orgulhosamente sós é a estratégia? Claro que não. A nossa estratégia é orgulhosamente atentos e reformistas... E iremos continuar. Iremos combater este “status quo” que em nada beneficia o desporto nacional. Tudo isto será mantido, mesmo que com isso continuemos a estar sujeitos a uma tentativa de manipulação da opinião pública. Querem projectar uma imagem onde a nossa coragem, determinação, valores e propostas implicam a solidão e que esta a existir, neste momento, não fará qualquer sentido.

Quanto a estas situações resta-nos reafirmar que o rigor, a justiça, a transparência e a verdade desportiva estão acima de tudo!"