As alterações das remunerações fixas dos administradores da Sporting SAD foram aprovadas durante a madrugada após “um debate aberto e vivo”, afirmou o presidente da mesa da Assembleia Geral (AG) 'leonina', Bernardo Ayala.

“Durante a AG foram aprovadas, por larga maioria, com 86% dos votos, as alterações na política de remunerações dos membros do conselho de administração”, disse Bernardo Ayala, em declarações ao canal televisivo do clube.

O presidente da AG assegurou que a reunião decorreu “sem qualquer tipo de problemas”, acrescentando: “Estiveram presentes alguns acionistas que não concordavam com as propostas e o que houve foi um debate aberto e vivo, no qual cada pessoa expôs o seu ponto de vista”.

Bernardo Ayala referiu que as alterações aprovadas na AG incidem apenas sobre as remunerações fixas, indicanddo que as “remunerações variáveis, que dependem do cumprimento de objetivos desportivos e financeiros, serão analisadas em setembro, quando a época terminar”.

Numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o Sporting, atual quarto colocado da I Liga de futebol, confirmou que a revisão salarial dos órgãos sociais da SAD foi aprovada na AG extraordinária de acionistas, realizada na terça-feira.

Segundo a Sporting SAD, a proposta foi aprovada por maioria, tendo obtido mais de 1,26 milhões de votos a favor, cerca de 200 mil votos contra e 20 abstenções.

A Comissão de Acionistas, responsável pela apresentação da política de remunerações dos titulares dos órgãos sociais da administração, propunha incrementar em quase 32% o vencimento de Frederico Varandas, de 182.000 euros brutos anuais para 240.000 euros.

Já a componente fixa dos vice-presidentes executivos Francisco Salgado Zenha e André Bernardo irá subir 45% a partir da próxima época, dos 131.000 para 190.000 euros anuais brutos.

Os valores propostos derivam de um estudo encomendado à consultora Korn Ferry, que colocou a remuneração de Frederico Varandas “11,4% abaixo da mediana de mercado”.

A Comissão de Acionistas passa ainda a atribuir um vencimento fixo de 7.000 euros às administradoras não executivas Margarida Dias Ferreira e Maria Inês Pinto de Abreu, em linha com a remuneração do presidente do Conselho Fiscal, Fernando Pinto.

Os vogais do Conselho Fiscal irão receber 6.000 euros anuais brutos, enquanto o presidente da mesa da assembleia geral, Bernardo Ayala, passa a auferir 3.000 euros, estando destinados mais 1.500 euros para o ‘vice’ e 1.000 para o secretário desse órgão social.