O presidente do Conselho de Arbitragem (CA) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Vítor Pereira, expressou hoje a sua “enorme tristeza” pelo falecimento do antigo árbitro Paulo Paraty, com quem fez “um percurso coincidente”.

Vítor Pereira fala de um desfecho “esperado há algum tempo” devido à doença de que padecia e da “enorme tristeza” que sente pela partida de um colega com quem teve “um percurso coincidente” e com quem "fez equipa" em Portugal e no estrangeiro.

“Fizemos jogos juntos em Portugal e no estrangeiro, fomos colegas de muitas atividades e lutas, dirigentes da APAF [Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol], homólogos – ele foi dirigente do núcleo Francisco Guerra, eu do núcleo Américo Barradas”, lembrou Vítor Pereira, para quem Paulo Paraty “foi árbitro até ao fim” e uma pessoa que “sempre respeitou e amou o futebol e a arbitragem”.

O presidente do CA recordou ainda que o árbitro portuense continuava a comentar a arbitragem até há bem pouco tempo, apesar das dificuldades, e elogiou a sua “conduta exemplar enquanto ser humano e chefe de família” e endereçou aos pais, irmãos, companheira e filhos “as mais sentidas condolências”.

Paraty, hoje falecido no Porto, vítima de doença, foi árbitro de futebol durante 27 anos, chegando a ostentar as insígnias de internacional da FIFA.

Joaquim Paulo Gomes Paraty da Silva, portuense, tinha 53 anos e iniciou a sua atividade na arbitragem em 1981/82, sendo promovido à 1.ª categoria 10 épocas depois (1991/92), estreando-se no escalão principal para dirigir o Famalicão-Feirense, que a equipa da casa venceu por 1-0.

Ao todo, foram 17 épocas e 218 jogos arbitrados na primeira divisão, aos quais juntou 20 na Taça de Portugal, 40 no escalão secundário, dois na fase de qualificação do Europeu, um na mesma fase de um campeonato do Mundo e outro na Liga dos Campeões.