A federação guineense de futebol reuniu-se hoje com clubes do país, que incentivou a intensificarem ou retomarem parcerias com agremiações portuguesas, com vista a melhorar o campeonato local, disse à Agência Lusa fonte da instituição.

Patrocínio Barbosa, responsável de programação e associativismo da federação guineense de futebol, indicou à Lusa que vários clubes do país têm acordos de parcerias com congéneres portuguesas, mas que "deixaram de vigorar ou estão, simplesmente, esquecidos nas gavetas dos dois lados”.

"A federação quer retomar esses acordos ou incentivar os que não tiverem a passarem a ter", precisou Patrocínio Barbosa, que vê nas parecerias uma "forma de ajudar a organizar e desenvolver o futebol" na Guiné-Bissau.

O responsável federativo também entende que as parcerias entre clubes guineenses e portugueses poderão "ajudar a desencorajar a prática de pirataria de jovens jogadores" entre os dois países.

"Um clube guineense que tenha uma parceria com outro de Portugal poderá estar seguro quando mandar algum jogador para lá em como nada dos seus dados será adulterado", referiu o responsável da federação guineense.

Patrocínio Barbosa afirmou que a iniciativa poderá contribuir para desencorajar "algumas más práticas" de empresários e agentes de jogadores, sobretudo no encaminhamento dos jovens jogadores da Guiné-Bissau para Portugal.

Para a federação guineense de futebol, ajudar a fortificar os clubes é também uma forma de solidificar a própria instituição federativa, pelo que, disse, a parceira com Portugal poderá ser "um bom caminho".

Todos os clubes guineenses criados ainda durante a época colonial são filiais de congéneres portugueses, tendo quase todos as mesmas cores e divisas de agremiações lusas.

Os fundados após a independência também têm ligações com clubes portugueses, ao abrigo do qual recebem apoios em equipamentos e estágios de treinadores em Portugal e na Guiné-Bissau.

Patrocínio Barbosa entende que existe "um certo esfriamento nessas trocas", que agora pretende reativar de forma concreta já a partir do mês de agosto, quando se deslocar a Portugal.