Os riscos associados ao surto de covid-19 vão obrigar a que as celebrações do acendimento da tocha olímpica em Atenas sejam feitas com menos gente e ao cancelamento de várias iniciativas.

O “sentimento de responsabilidade pela proteção da saúde pública” levou os organizadores a “cancelar almoços, jantares e receções” agendadas pelo comité olímpico grego em Olímpia durante a cerimónia de iluminação da tocha.

O ensaio geral da cerimónia, previsto para 11 de março, véspera do dia oficial, será feito sem espetadores, ao contrário do habitual, com milhares a assistir ao evento no lugar que acolhia os Jogos Olímpicos da antiguidade.

Vai ser igualmente recomendado ao município e às autoridades locais da antiga Olímpia que reduzam o número de eventos públicos já agendados.

Paralelamente, também baixará drasticamente o número de acreditações para as cerimónias, reduzidas ao estritamente necessário.

Foi decidido também que a cada dois dias haverá análise e estudo dos dados e, considerando a situação, a partir de quinta-feira, será realizada uma nova reunião para tomar decisões com relação às diversas cerimónias.

A chama, que será entregue oficialmente ao Japão em 19 de março, vai andar pelo Mundo até 24 de julho, dia em que iluminará uma ainda maior, na abertura dos Jogos Olímpicos Tóquio2020.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo quatro em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.