O veterano velocista norte-americano Justin Gatlin disse, na quarta-feira, que vai prolongar a sua carreira por mais um ano para poder competir nos próximos Jogos Olímpicos. A decisão do atelta de 38 anos foi tomada, após o adiamento até 2021 dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

O campeão olímpico dos 100 metros de 2004 tinha referido que encerraria a sua carreira após os Jogos de Tóquio e, um dia depois de terem sido adiados devido à pandemia do COVID-19, Gatlin disse que agora vai ter de continuar a correr até 2021.

"O objetivo será competir nos Jogos Olímpicos de Verão de 2021. Muitas gente pensa que o tempo está contra mim ou contra atletas mais velhos nessa situação, mas isso está longe de ser verdade"", confirmou o jogador de 38 anos à TMZ Sports.

O velocista disse que encontrou inspiração no astro de futebol americano Tom Brady, o jogador de maior sucesso da NFL, que aos 42 anos, começou um novo desafio, assinando por várias temporadas pelo Buccaneers de Tampa Bay após duas décadas de sucesso no New England Patriots.

"Todas essas notícias de Tom Brady que aparecem agora dão-me muita esperança de dizer 'talvez um Justin Gatlin de 40 anos na pista não seja algo assim tão louco'", disse o atleta.

"Não haverá muita diferença entre ter 38 ou 39 anos. Mas eu sempre dizia 'não correrei até os 40 anos'. Era tão difícil para mim não correr até os 40. E agora parece que estou a chegar perto dos 40 e vou continuar a correr", finalizou.

A carreira de Gatlin foi marcada por vários escândalos de doping. O norte-americano sofreu duas suspensões, uma das quais durou quatro anos, que o impediu de participar dos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008.

Quase uma década depois, Gatlin venceu os 100 metros no Mundial de Londres de 2017 à frente de Usain Bolt e fazia parte da equipa de estafetas norte-americana 4x100m que conquistou a medalha de ouro no Mundial de Doha em 2019.