A China sai dos Jogos Olímpicos Tóquio2020 em alta no halterofilismo, competição em que venceu metade dos títulos em discussão, bateu um recorde mundial e resgatou um ouro perdido no Rio de Janeiro.

O Fórum Internacional de Tóquio ‘assistiu’ ao longo de 10 dias à competição em 14 categorias de peso, masculinas e femininas, num evento em que a China teve sete campeões olímpicos, em 61 kg, 67 kg, 73 kg e 81 kg masculinos, e em 49 e 87 kg femininos.

Com histórico favoritismo, num ‘reinado’ que se começou a acentuar a partir dos Jogos de Sydney2000, o país superou as sete medalhas de Londres2012 e Rio2016, e na capital japonesa com mais medalhas de ouro.

Em Tóquio2020, os chineses juntaram às sete medalhas de ouro uma prata nos 55 kg femininos, igualando em número total de medalhas os Jogos de Atenas2004 (cinco ouros e três pratas).

Em destaque esteve Shi Zhiyong, que juntou ao título olímpico em 73 kg, repetindo o feito do Rio2016, o recorde mundial da categoria, ao levantar 364 kg (166 no arranco, e 198 no arremesso, ambos recordes olímpicos).

Zhiyong melhorou um recorde mundial que já lhe pertencia, de 363 kg, ficando muito à frente do vice-campeão olímpico, o halterofilista venezuelano Júlio Ruben Mayora, que levantou 346 kg (156+190).

“O meu objetivo era o recorde do mundo, não apenas a medalha de ouro. Iria lamentar se não o quebrasse, vim aqui para isso, esperei cinco anos para o fazer. Estava seguro de que conseguia”, disse no final o campeão olímpico e recordista.

Outro recorde mundial aconteceu hoje, no último dia, destinado aos superpesados (+109 kg), com o georgiano a somar ao ouro olímpico a melhor marca de sempre, acrescentando três quilogramas (total de 488) ao que já lhe pertencia.

Tóquio permitiu também a Lu Xiaojun 'resgatar' o título em 81 kg, depois de ter vencido em Londres2012 e perdido no Rio2016, Jogos em que foi medalha de prata, e deu ainda a primeira medalha de ouro da história às Filipinas.

A proeza foi alcançada por Hidilyn Diaz em 55 kg femininos, com a halterofilista – que tinha sido prata no Rio de Janeiro - a levantar um total de 224 kg, à frente da chinesa Liao Qiuyun (223 kg) e da cazaque Zulfiya Chinshanlo (213 kg).

Mais do que a competição, o halterofilismo teve em Tóquio2020 a importância de romper barreiras, com a visibilidade positiva da transgénero Laurel Hubbard, sem resultados na prova de 87 kg, mas numa participação plena de significado.

“Gostava de agradecer ao COI por, penso eu, realmente afirmar o seu compromisso para com os princípios do olimpismo, e estabelecer que o desporto é para todos. É inclusivo. É acessível”, enfatizou a neozelandesa.

Quadro de medalhas no Halterofilismo:

- Masculinos:

61 kg:

Ouro: Li Fabin (China).

Prata: Eko Yuli Irawan (Indonésia).

Bronze: Igor Son (Cazaquistão).

67 kg:

Ouro: Chen Lijun (China).

Prata: Luis Javier Mosquera (Colômbia).

Bronze: Mirco Zanni (Itália).

73 kg:

Ouro: Shi Zhiyong (China).

Prata: Júlio Ruben Mayora (Venezuela).

Bronze: Rahmat Erwin Abdullah (Indonésia).

81 kg:

Ouro: Lyu Xiaojun (China).

Prata: Zacarias Bonnat (República Dominicana).

Bronze: Antonino Pizzolato (Itália).

96 kg:

Ouro: Fares Ibrahim Elbakh (Qatar).

Prata: Keydomar Vallenilla (Venezuela).

Bronze: Anton Pliesnoi (Geórgia).

109 kg:

Ouro: Akbar Djuraev (Uzbequistão).

Prata: Simon Martirosyan (Arménia).

Bronze: Artur Plesnieks (Letónia).

+109 kg:

Ouro: Lasha Talakhadze (Geórgia).

Prata: Ali Davoudi (Irão).

Bronze: Man Asaad (Síria).

- Femininos:

49 kg:

Ouro: Hou Zhihui (China).

Prata: Saikhom Mirabai Chanu (Índia).

Bronze: Windy Cantika Aisah (Indonésia).

55 kg: Hidilyn Diaz (Filipinas).

Prata: Liao Qiuyun (China).

Bronze: Zulfiya Chinshanlo (Cazaquistão).

59 kg:

Ouro: Kuo Hsing-Chun (Taiwan).

Prata: Polina Guryeva (Turquemenistão).

Bronze: Mikiko Andoh (Japão).

64 kg:

Ouro: Maude G Charron (Canadá).

Prata: Giorgia Bordignon (Itália).

Bronze: Chen WEn-Huei (Taiwan).

76 kg:

Ouro: Neisi Dajomes (Equador).

Prata: Katherine Nye (Estados Unidos).

Bronze: Aremi Fuentes (México).

87 kg:

Ouro: Wang Zhouyu (China).

Prata: Tâmara Salazar (Equador).

Bronze: Crismery Santana (República Dominicana).

+87 kg:

Ouro: Li Wenwen (China).

Prata: Emily Campbell (Grã-Bretanha).

Bronze: Sarah Robles (Estados Unidos).

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