A cerimónia de abertura

A 27 de julho de 2012, o Estádio Olímpico de Londres, em Inglaterra, recebia uma das melhores cerimónias de abertura de uns Jogos Olímpicos, onde figuras tão influentes como a Rainha Elizabeth ou Daniel Craig (encarnado o agente britânico James Bond) se juntaram para recriar a tradição e cultura londrina.

Danny Boyle, aclamado realizador e vencedor do Óscar de Melhor Filme com  "Quem quer ser bilionário?" foi o diretor artístico do evento, inspirando-se na peça de Shakespeare "A Tempestade".

As estrelas dos Jogos Olímpicos

O velocista jamaicano Usain Bolt e o nadador norte-americano Michael Phelps foram as grandes estrelas do Londres2012, revalidando o protagonismo que já tinham tido há quatro anos, em Pequim2008.

Bolt repetiu os três ouros, nos 100, 200 e 4x100 metros, com recorde olímpico no hectómetro (9,63) e um espantoso recorde mundial na estafeta (36,84), na qual contou com a preciosa ajuda do seu compatriota Yohan Blake, prata em 100 e 200.

Se o jamaicano foi o "maior" na pista, na piscina o "rei" foi Michael Phelps, que, com quatro ouros e duas pratas, passou a ser o atleta com mais "metais" na história dos Jogos Olímpicos, com um total de 22, apenas menos uma do que Portugal, em 100 anos.

Phelps não teve o brilho de 2008, em que logrou ímpares oito ouros, mas foi, ainda assim, o atleta que ganhou mais medalhas em Londres (seis), despedindo-se do olimpismo com 18 títulos olímpicos, dois segundos lugares e outros tantos terceiros.

A revelação

Se houvesse uma classificação para individualidades, Bolt e Phelps poderiam ficar ex-equo no primeiro lugar, com o último lugar do pódio a poder ficar para uma norte-americana, a ginasta Gabrielle Douglas, de 16 anos.

A jovem dos Estados Unidos tornou-se a primeira negra a vencer o concurso individual feminino de ginástica artística dos Jogos Olímpicos, superiorizando-se às russas Victoria Komova e Aliya Mutafina, e ganhou ainda coletivamente.

Os Estados Unidos da América, campeões das medalhas

Em termos de países, os Estados Unidos foram, aliás, os grandes vencedores, ao totalizaram 46 medalhas de ouro, 29 de prata e 29 de bronze, para um total de 104, contra 38 de ouro, 27 de prata e 22 de bronze, para um total de 87, da China.

Os norte-americanos, que conquistaram o seu maior número de títulos fora dos Estados Unidos (tinham como recorde 45 em 1924, em Paris, e em 1968, no México), recuperam o "título" perdido há quatro anos para os então anfitriões chineses.

No terceiro posto do medalheiro ficou a Grã-Bretanha, que, a jogar em casa, totalizou 29 ouros, 17 pratas e 19 bronzes, para um total de 65 "metais".

As desilusões, incluindo a portuguesa

Em matéria de desilusões, sobressaíram o nadador norte-americano Ryan Lochte e o velocista jamaicano Yohan Blake, que, mesmo com cinco e três "metais", respetivamente, não conseguiram tirar o protagonismo a Bolt e Phelps, como pretendiam, e ainda o "sprinter" local Mark Cavendish.

A medalha de prata conquistada por Fernando Pimenta e Emanuel Silva foi o ponto alto da passagem da portuguesa nos Jogos Olímpicos Londres2012 e da afirmação da canoagem como modalidade de referência, entre várias desilusões e escassez de medalhas.

Em contraste com a dupla minhota, a razia entre os judocas portugueses constituiu o lado mais negativo, sobretudo pelas expectativas que recaíam em Telma Monteiro, uma evidente candidata às medalhas que, como os outros, não passou do primeiro combate, adiando mais uma vez a conquista do pódio que lhe falta num currículo com quatro títulos europeus e três medalhas de prata em Mundiais.

Londres2012 em dinheiro

Os Jogos Olímpicos de Londres 2012 renderam cerca de 11 mil milhões de euros à economia britânica, valor superior ao gasto para a organização do evento.

Os 11 mil milhões de euros canalizados para a economia britânica vieram de empresas que assinaram novos contratos, vendas adicionais e novos investimentos no estrangeiro no ano passado.

Este montante inclui cerca de 139 milhões de euros ganhos em contratos feitos por companhias britânicas para os Jogos Olímpicos Rio de Janeiro2016 e para o Campeonato do Mundo de Futebol de 2014, também no Brasil.