O campeão mundial de futebol feminino, o Japão, assumiu ter jogado para o empate no último jogo do grupo para permanecer em Cardiff para o jogo dos quartos de final do torneio olímpico, na sexta-feira, evitando uma longa viagem.
No entanto, a estratégia japonesa, criticada na terça-feira pelo treinador da seleção dos Estados Unidos, saiu-lhe pela culatra, visto que o Japão vai ter agora de enfrentar um Brasil que almeja alcançar a sua primeira medalha de ouro olímpica.
Este jogo vai colocar frente a frente duas das maiores estrelas do futebol feminino da atualidade, a brasileira Marta, consagrada cinco vezes como jogadora do ano para a FIFA, e a japonesa Homare Sawa, que conquistou esse galardão no último ano.
Nos outros jogos, o detentor do troféu olímpico, os Estados Unidos, defronta a Nova Zelândia, enquanto a França vai medir forças com a Suécia, numa desforra do jogo protagonizado pelas duas seleções no último Mundial, para definir os terceiro e quarto classificados da competição.
Já a seleção anfitriã, a Grã-Bretanha, espera que o fator casa faça a diferença quando enfrentar o Canadá, em Coventry.
Depois do nulo entre o Japão e a África do Sul na terça-feira, o selecionador japonês, Norio Sasaki, disse ter dado instruções às suas jogadoras para não atacar, por forma a assegurar a segunda posição do grupo e evitar assim ter de fazer uma viagem até Glasgow.
Sasaki esperava que o Brasil batesse a Grã-Bretanha, resultado que significaria que a seleção anfitriã teria de viajar para Cardiff de modo a enfrentar a seleção nipónica, mas aquela bateu a seleção “canarinha” por 1-0 e colocou as sul-americanas no caminho das japonesas.
O Brasil terminou em segundo lugar a sua participação nos dois últimos Jogos Olímpicos, depois de perder ambas as finais com os Estados Unidos, que são os atuais bicampeões olímpicos.