A lista definitiva dos portugueses que vão participar nas competições de natação e atletismo dos Jogos Paralímpicos Londres2012 está a gerar alguma polémica, com dois atletas a considerarem que os critérios de seleção não foram totalmente aplicados.

Na natação, modalidade na qual Portugal terá quatro representantes, Nelson Lopes contesta o facto de os resultados obtidos no campeonato do Mundo 2010 terem sido retirados dos critérios de apuramento.

Numa carta enviada à Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência (FPDD), o atleta, que ficou fora da lista, questiona as razões que levaram o organismo a «afastar o valor dos resultados alcançados em Campeonato do Mundo, ao arrepio do regulamento do Projeto de Preparação Paralímpica» e também «a real motivação que conduziu a tão radical metamorfose».

Nelson Lopes, que pede ao FPDD para «reconsiderar a decisão» até à data limite (06 de agosto) para entrega da lista ao Comité Paralímpico Internacional (IPC), garante que mesmo com base nos outros critérios «tem o direito de integrar a equipa de natação masculina» que participará nos Jogos.

O nadador estranha que o atleta Adriano Nascimento «que não preenchia os critérios definitivos» seja «em conformidade com os ‘novíssimos critérios’, o que alcança posição de participação nos Jogos Paralímpicos».

Também o maratonista Carlos Ferreira, que não integra a lista de selecionados, contesta a inclusão de um atleta na equipa da estafeta, após a saída de Luís Gonçalves, na sequência de um controlo antidoping positivo, com ranking bastante inferior a outros que integram o projeto.

Carlos Ferreira entende que a «quota que Portugal recebeu foi atribuída através dos resultados individuais obtidos por estes em competições individuais» e defende que «a substituição de Luís Gonçalves só poderá ser feita através da subida de todos os atletas na listagem individual».

Em declarações à agência Lusa, Carlos Lopes, chefe da missão paralímpica Londres2012, garante que «os critérios de seleção propostos pela federação e aprovados pela estrutura de gestão do projeto paralímpico foram aplicados na íntegra».

«O CPP validou as listas propostas. Não há casos dúbios», diz Carlos Lopes, acrescentando: «Há sempre pessoas contentes e descontentes. Infelizmente esta é uma situação que está a acontecer pela primeira vez, devido às quotas de participação impostas pelo IPC».

O chefe da missão portuguesa classifica a entrada de mais um atleta para a estafeta como uma «opção da equipa técnica», e não equaciona a possibilidade de alterar as listas.

O presidente da FPDD, José Pavoeiro, também assegura que os critérios foram «corretamente aplicados» e lembra que o organismo «deu a possibilidade dos técnicos das modalidades participarem na elaboração dos critérios».

Portugal vai estar representado por 30 atletas, de cinco modalidades nos Jogos Paralímpicos Londres2012, que decorrem de 28 de agosto a 09 de setembro.

Devido à quota de participantes imposta IPC, o CPP foi obrigado a definir, em conjunto com as federações, critérios de seleção uma vez que o número de atletas com mínimos era superior às vagas existentes.

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