Marcos Chuva e Irina Rodrigues passaram, esta sexta-feira, discretamente pelo Estádio Olímpico de Londres, despedindo-se dos Jogos de 2012 com marcas modestas nas qualificações do salto em comprimento e do lançamento do disco.
Estreantes olímpicos, um e outro seguiram a tendência dos companheiros de seleção, nomeadamente Marcos Fortes (peso) e Patrícia Mamona (triplo), mas com marcas abaixo do expectável, que não lhes permitiram suspirar por uma final, embora esse não fosse um objetivo fácil.
Com um salto de 7,55 metros no segundo ensaio, Marcos Chuva terminou o concurso do comprimento no 28.º lugar, longe dos 7,96 que lhe garantiram a presença na final dos Europeus, há pouco mais e um mês, e que na capital britânica também teriam servido.
«Não sei o que aconteceu, dei o meu melhor. Se estavam à espera que eu me intimidasse com o ambiente, com as pessoas, com todo a força que têm os Jogos Olímpicos, posso dizer que nada disso me intimidou, tudo isso me motivou para mais e melhor», afirmou o saltador, de 23 anos, reconhecendo que estava «à espera de mais».
Depois de um primeiro salto nulo, o atleta do Benfica, cuja melhor marca, 8,34, dista dois centímetros do recorde nacional de Carlos Calado, fechou a com 7,06, bastante aquém dos 7,92 que permitiram a presença na final. «Senti muito vento contra na parte final da corrida. Não faço a chamada um metro antes só por obra e graça do espírito santo, apanhei de facto vento contra (-1,1 m/s)», lamentou.
No disco, Irina Rodrigues, uma atleta sub-23, concluiu qualificação com o 32.º e antepenúltimo lugar. Sabendo que para a qualificação teria de estar ao seu melhor nível, a atleta do Sporting alcançou os 57,23 metros no primeiro ensaio, bem abaixo seu recorde pessoal, 62,91 e dos 62,47 que davam para ir em frente.
Nos dois lançamentos seguintes, a atleta do Sporting fez um nulo e encerrou com uma marca pior do que a primeira, 55,68. «O resultado não foi o melhor, mas estou feliz, estou muito contente porque concretizei o meu sonho, que era estar presente numa olimpíada. E agora é para repetir, tenho 21 anos, por isso…».
Inexperiente em competições deste calibre, Irina Rodrigues reconheceu que lhe «faltou um bocadinho mais de calma e de controlo da ansiedade», mas não se sentiu intimidada, adorou e que estar no Rio de Janeiro em 2012.