O Chefe de Missão de Portugal aos Jogos Olímpicos Londres2012, Mário Santos, disse esta quinta-feira que «mais importante do que definir o porta-estandarte é que os atletas possam fazer içar a bandeira de Portugal nas cerimónias de pódio».

«No momento certo, vou decidir, com meu adjunto Nuno Delgado, quem é o atleta mais importante nesta participação. Ainda assim, o mais relevante não é quem leva a bandeira na cerimónia de abertura, mas lutar para que os nossos atletas possam fazer içar a bandeira nas cerimónias de pódio», vincou, em declarações à agência Lusa, à margem da apresentação do Nelo Summer Chalenge, prova internacional de canoagem em Vila do Conde.

No dia em que foi tornado público o facto de o secretário de estado do desporto, Alexandre Mestre, ter enviado uma carta a Mário Santos a sugerir para porta-estandarte o velejador João Rodrigues, que vai para a sexta participação olímpica, o Chefe de Missão manteve-se firme na decisão de revelar a escolha final «apenas na aldeia olímpica, perante todos os atletas».

«O porta-estandarte é algo que já está alinhado. Vamos deixar fechar a equipa e aí sim, haverá uma decisão final. E, seguindo o que tem sido a tradição do COP, será o Chefe de Missão a fazê-lo, na aldeia olímpica, com anúncio à equipa e, como é óbvio, em seguida ao público», disse.

Mário Santos recusa interpretar como pressão a carta de Alexandre Mestre: «É correspondência pessoal, que me mereceu a melhor atenção. Mais nada, uma vez que esta é uma competência do COP, dentro de uma autonomia que o secretário de estado é o primeiro a reconhecer».

«Não entendo isso como forma de pressão, pois é muito claro na minha cabeça. Além do mais, não será esta a minha maior preocupação no exercício deste cargo, pelo que nem sequer atribuí a minha maior atenção a esse facto», completou.

O Chefe de Missão lembrou que a escolha recairá num atleta «com currículo desportivo de relevância no momento da participação olímpica» e que «felizmente, Portugal tem vários atletas com essas características, o que torna essa decisão mais difícil».

Mário Santos aguarda que o grupo de 72 desportistas já apurados, de 13 modalidades, seja engrossado por mais alguns elementos do atletismo, «pois nos europeus, que estão a decorrer em Helsínquia, há alguns que têm demonstrado indícios de que podem atingir os mínimos de participação».

«Terminei quarta-feira as reuniões com as várias federações desportivas para os derradeiros preparativos logísticos. Agora, temos de aproveitar o último mês para os atletas prepararem os últimos detalhes, física e psicologicamente, para irmos a Londres superar-nos e conseguir um grande resultado. Estou convencido de que os atletas têm presente esse objetivo e trabalharemos todos para que isso aconteça», sublinhou à Lusa.

O dirigente voltou a esquivar-se ao tema medalhas, mas lembrou que quem as tem conseguido em europeus e mundiais tem legitimas aspirações a conseguir um «resultado de mérito».

«É para isso que treinam e os treinadores também têm trabalhado. Esperamos que consigam, num momento de superação, poder confirmar ou, quem anda perto, chegar a Londres e lutar pelas medalhas. Os nossos melhores atletas não vão aos Jogos para participar, nem é para isso que treinam e dedicam o seu esforço», concluiu.

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