Os Jogos Olímpicos obrigam os atletas dos quatro cantos do mundo a adaptarem a sua alimentação de acordo com as provas. Segundo o jornal inglês Daily Telegraph, os atletas olímpicos fazem em média seis refeições por dia e consomem de 6000 a 10 000 calorias.

Mas para se consumir tão elevado número de calorias há também que as queimar. E neste caso, os atletas em questão não fazem outra coisa todos os dias. É tudo uma questão de equilíbrio e exercício, mas a uma escala muito diferente, escreve o The Guardian.

Para se ter uma ideia dos consumos diários, o referido jornal dá como exemplo a esperança turca da luta, o atleta olímpico Elif Jale Yesilirmak, de 26 anos, que se mantém com uma dieta de 3000 calorias por dia, trocando a carne vermelha pelo salmão, por razões nutritivas e de saúde e a beber cerca de cinco litros de água por dia.

Quem também prefere o salmão é o canadiano Dylan Armstrong. O atleta de tiro não resiste a um bom bife e frango mas o total de 9000 calorias/dia obriga-o a reparti-las em seis refeições diárias. Aqui as proteínas são preferidas em detrimento dos carbonetos.

A nadadora americana Jessica Hardy atribui a sua boa performance às muitas horas de treino diário e à planificação da sua alimentação repartida em cinco ou seis refeições ao longo do dia.

Mas nem todos seguem a regra de comer várias vezes ao dia. O nadador de Trinidad e Tobago, George Bovell, mantém as três refeições diárias - as suas principais -, mas adicionando três outras pequenas nos intervalos das grandes. Estas menores devem ser ricas em proteínas, gordura e hidratos de carbono.

É claro que os atletas não são iguais e nem todas as modalidades exigem as mesmas regras. Para um cavaleiro das provas de hipismo, a sua rotina não difere muito da de um cidadão normal, como explica o japonês Hiroshi Hoketsu, de 71 anos, ao The Guardian: «Como o que me apetece».