A Organização Mundial de Saúde (OMS) disse que o cancelamento ou mudança de local dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro não vai alterar radicalmente a propagação do vírus Zika, em resposta a um pedido de 150 especialistas em saúde.

"Um cancelamento ou mudança de local dos Jogos Olímpicos não mudaria significativamente a propagação internacional do vírus Zika", afirmou a OMS, num comunicado divulgado na sexta-feira, respondendo assim a um apelo de 150 peritos científicos para que os Jogos Olímpicos previstos para o Brasil sejam deslocados ou adiados devido aos riscos do vírus Zika para a saúde.

Numa carta aberta à diretora-geral da OMS, Margaret Chan, professores de medicina e de bioética e outros cientistas de dez países alertaram para o facto de o Zika representar "um risco desnecessário", tendo em conta que 500 mil turistas estrangeiros de todos os países "vão para ver os jogos e podem ser potencialmente infetados, levando o vírus para casa, onde a infeção se pode tornar endémica".

O vírus pode provocar com microcefalia fetal, malformação grave e irreversível do crânio, e desenvolvimento incompleto do cérebro.

A OMS repetiu assim o conselho já dado a 12 de maio, de que mulheres grávidas não devem viajar para os países ou regiões que registem casos de transmissão sexual do Zika.

Aqueles que querem viajar para o Brasil para ver os Jogos Olímpicos devem, antes, seguir o conselho de saúde pública para o seu país e consultar um médico, diz OMS.

"A OMS continuará a acompanhar a situação e adaptar as suas recomendações, se necessário", conclui a organização internacional naquele comunicado.

O Brasil é o país mais afetado pelo Zika, com 1,5 milhões de pessoas contaminadas e cerca de 1.300 casos de microcefalia.

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