A Presidência brasileira anunciou hoje que Dilma Rousseff não vai estar presente na cerimónia de acendimento da tocha olímpica, a realizar no próximo dia 21 em Atenas.

A ausência da chefe de Estado foi justificada com uma impossibilidade de agenda.

Dilma Rousseff está atualmente envolvida numa intensa campanha para tentar impedir a aprovação na Câmara dos Deputados de um pedido para a sua destituição.

Na próxima segunda-feira, um relatório da comissão especial que analisa o pedido de destituição - cujo parecer foi favorável à continuação do processo contra a Presidente - deverá ser aprovado, segundo informações veiculadas pela imprensa brasileira.

Ameaçada, Dilma Rousseff já cancelou outra viagem internacional, e tem mobilizado sua agenda para tentar garantir a sobrevivência do Governo em outra votação deste texto que acontecerá no plenário da Câmara dos Deputados, provavelmente no dia 17 de abril.

Para impedir a sua destituição, a chefe de Estado precisa garantir o apoio de 171 deputados, entre votos a favor, faltas e abstenções.

A tocha olímpica chegará ao Brasil no dia 03 de maio e depois passará por centenas de cidades até chegar à cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos, marcada para o dia 05 de agosto, no Rio de Janeiro.