O ministro brasileiro da Saúde, Ricardo Barros, considerou esta quinta-feira que é exagerado pedir o adiamento dos Jogos Olímpicos Rio2016, que se realizam em Londres, devido ao vírus Zika.

O governante reagia a uma carta aberta de 150 especialistas, que pediam que os Jogos fossem adiados ou transferidos, para evitar uma possível propagação mundial do Zika.

“A carta é um exagero, um excesso de zelo. A doença já está em 60 países, onde vivem 1.300 milhões de pessoas. Não serão uns Olímpicos a aumentar ou a reduzir a propagação do vírus”, disse Barros, numa cerimónia em que foram anunciados novos investimentos na investigação sobre o Zika.

De acordo com o responsável, a população brasileira apenas representa 15% do total das pessoas expostas ao vírus nos 60 países em que o Zika está presente.

O ministro disse ainda que a proposta dos especialistas já foi rejeitada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Comité Olímpico Internacional (COI).

Barros lembrou que a diretora-geral da OMS, Marcareth Chan, se comprometeu a assistir à cerimónia de abertura dos Jogos Rio2016, a 05 de agosto, o que classificou como “um símbolo da segurança de que haverá baixa transmissão do Zika e uma demonstração pessoa de apoio” às medidas adotadas.