O ciclista Nelson Oliveira foi quarta-feira o grande destaque da delegação lusa, ao 'selar' o terceiro diploma para Portugal nos Jogos Olímpicos Rio2106, com o sétimo lugar no contrarrelógio.

Especialista na prova de contrarrelógio, o ciclista da Movistar cumpriu os 54,5 quilómetros em 1:14.15,27 horas, juntando-se, no lote de ‘diplomas’, a Marcos Freitas, quinto no ténis de mesa, e ao futebol, que está apurado para os quartos de final.

“Se calhar, o resultado foi melhor do que aquilo que esperava. É claro que não foi um dos meus melhores dias, mas o circuito era duro e o tempo também não ajudava, embora fosse igual para todos. Estou contente com o sétimo lugar”, garantiu.

A prova foi conquistada pelo suíço Fabian Cancellara, que arrebatou o título, enquanto o holandês Tom Dumoulin conquistou a medalha de prata e o britânico Chris Froome a de bronze.

Em grande destaque, esteve também o atirador João Costa, que terminou no 11.º lugar a prova de pistola livre a 50 metros, ao totalizar 554 pontos na qualificação, falhando a final por dois pontos.

João Costa esteve durante muito tempo entre os oito melhores e era quinto a 30 minutos do final da sessão, mas um 89 nos últimos 10 tiros, o seu pior registo do dia, após 93, 91, 94, 91 e 96, hipotecou a final.

Na quinta presença em Jogos Olímpicos, o mais velho elemento da delegação lusa, de 51 anos, já tinha sido 11.º na prova de pistola de ar comprimido a 10 metros.

A seleção de futebol logrou, por seu lado, o objetivo de vencer o grupo D, ao conseguir o empate necessário, face à Argélia, a um golo, numa agrupamento em que também as Honduras se qualificaram.

Gonçalo Paciência, que já marcara à Argentina (2-0) e às Honduras (2-1), adiantou Portugal, aos 25 minutos, de penálti, apontando o terceiro tento nos Jogos, enquanto Mohamed Benkablia faturou para os africanos, aos 30.

A formação das ‘quinas’, que nos quartos de final vai defrontar a Alemanha, no sábado, em Brasília, somou sete pontos, contra quatro de Honduras e Argentina e um da Argélia.

Na piscina, Alexis Santos também fez história, ao tornar-se o primeiro nadador a chegar a uma meia-final desde Alexandre Yokochi, em Seul1988, acabando na 12.ª posição, sem bater o recorde nacional.

O atleta do Sporting foi quarto classificado da segunda série da qualificação, conquistada pelo recordista mundial, o norte-americano Ryan Lochte, retirando nove centésimos de segundo à marca que lhe tinha valido o bronze nos Europeus de 2016, ao nadar em 1.59,67 minutos, registo que não melhorou nas meias-finais (2.00,08).

Por seu lado, o recordista nacional Diogo Carvalho foi oitavo e último da quarta série, arrebatada pelo norte-americano Michael Phelps, com 2.00,17 minutos, e falhou as meias-finais, ao ficar-se pelo 19.º melhor registo.

Aquém das expetativas esteve também o judoca Célio Dias, que foi eliminado na primeira ronda da categoria de -90kg, ao perder com Celtus Dossou Yovo, do Benim.

Na sua estreia em Jogos Olímpicos, Célio Dias, 21.º do mundo, foi surpreendido pelo 220.º mundial, por ‘ippon’, em 1.48 minutos.

Melhores notícias vieram da vela, com Gustavo Lima (Laser) e Sara Carmo (Laser Radial) a terem o seu melhor dia, subindo ao 16.º posto e ao 26.º das respetivas classes.

Gustavo Lima conseguiu mesmo o melhor registo luso nos Jogos, ao ser oitavo na sexta regata, depois de mais um 15.º posto, na quinta, passando a somar 73 pontos, menos 20 do que o 10.º classificado, o último que vai à ‘Medal Race’.

Por seu lado, Sara Carmo logrou acabar as primeiras regatas na Baía de Guanabara no ‘top-20’, com um 18.º posto na quinta regata e um 13.º na sexta, passando a totalizar 108 pontos.

Na terça-feira, Gustavo Lima tinha terminado o segundo dia de competições no 21.º lugar, enquanto Sara Carmo era 29.ª.