O programa de reanálise das amostras antidopagem de Pequim2008 e Londres2012 vai ser reforçado, com os medalhados a serem prioritários, anunciou hoje o Comité Olímpico Internacional (COI), na sequência dos positivos detetados nos primeiros testes.

“O programa de reanálise das amostras dos Jogos Olímpicos de Pequim2008 e de Londres2012 será alargado. Em colaboração com a Agência Mundial Antidopagem (AMA), vamos visar os medalhados dessas duas edições dos Jogos para uma eventual reanálise”, explica a nota da entidade.

Na sexta-feira, o COI revelou a existência de 23 casos de doping nos últimos Jogos Olímpicos detetados pelos novos métodos de análise, que se juntam aos 32 resultados anómalos registados em Pequim2008.

No mesmo comunicado, o organismo indica que vai duplicar o orçamento para os controlos antidoping no Rio2016, com o investimento a rondar os 447.000 euros.

Esta iniciativa vem, de acordo com o COI, ajustar-se ao “vasto programa implementado pelas federações internacionais e as organizações nacionais antidopagem”.

“Uma atenção particular será dedicada aos países cujo programa antidopagem não está de acordo com as normas, nomeadamente o Quénia, a Rússia e o México”, acrescenta a nota, precisando ainda que as modalidades que a AMA considera mais suscetíveis também vão merecer maior vigilância.

O COI, cujo Comité Executivo está reunido em Lausana (Suíça) até sexta-feira, informou que os todos os parceiros olímpicos foram convocados para uma reunião, marcada para 21 de junho, para coordenar e harmonizar a política de elegibilidade dos atletas para o Rio2016.