O título olímpico dos 10.000 metros femininos, com recorde do mundo, e o 27.º pódio - falhou o 23.º ouro - de Michael Phelps dominaram o sétimo dia dos Jogos Olímpicos Rio2016.

Quase 23 anos depois, a etíope Almaz Ayana fez história, ao cumprir os 10.000 metros em 29.17,45 minutos, retirando quase 15 segundos à marca que estava na posse da chinesa Wang Junxia (29.31,78), e que vigorava desde setembro de 1993.

Ayana, de 24 anos, deixou a queniana Vivian Jepkemoi Cheruiyot (29.32,53) na segunda posição e a compatriota Tirunesh Dibaba (29.42,56), campeã em Pequim2008 e Londres2012, na terceira.

Na piscina, Michael Phelps, em ano de despedida, terá nadado a sua última prova individual, na qual não conseguiu o ouro olímpico, foi superado por Joseph Schooling, de Singapura, oibtendeo o seu 27.º pódio da carreia, numa prova ainda marcada pelos inédito empate de três atletas no segundo lugar: Phelps, o sul-africano Chad le Clos e o húngaro Laszlo Cseh.

No entanto, Phelps tem ainda uma última oportunidade de se despedir do Rio, e muito provavelmente dos Jogos Olímpicos, com um ouro, quando nadar no último dia do programa de natação a final dos 4x100 metros estilos.

Numa edição marcada pela queda de muitos recordes, seis nos dois primeiros dias, o sétimo máximo caiu hoje através da norte-americana Katie Ledecky, que venceu a final dos 800 metros livres com o tempo de 8.04,79 minutos, retirando quase dois segundos à anterior melhor marca (8.06,68), que também estava na sua posse.

Ainda no atletismo, a vitória de Ayana impediu que a queniana Cheruiyot revalidasse o seu título olímpico, o mesmo sucedendo no lançamento do peso feminino, com a norte-americana Michelle Carter a assegurar o título no último lançamento e impedir que a neozelandesa Valeria Adams obtivesse um histórico 'tri' olímpico de ouro.

Surpresa, mas pelo lado negativo, deu a seleção feminina de futebol dos Estados Unidos, ao ser afastada nos quartos de final pela Suécia, no desempate por penáltis (4-3), depois do 1-1 após prolongamento.

Este é o pior desempenho olímpico das campeãs do mundo em título, já que, tirando a final perdida em 2000 para a Noruega, sagraram-se campeãs em 1996, 2004, 2008 e 2012. Na ausência das nórdicas, haverá um campeão inédito, sendo que a Alemanha, vencedora da China por 1-0, e o Brasil, que afastou a Austrália apenas nos penáltis, são potenciais candidatas.

Renovações dos títulos para a halterofilista norte-coreana Rim Jong-sim, nos 75 kg, quatro anos depois de ter conquistado o título em 69 kg, para a ginasta canadiana Rosannagh MacLennan, em trampolins, e para o judoca francês Teddy Riner em +100 kg, que derrotou na final o japonês Hisayoshi Harasawa por penalizações.

A Grã-Bretanha melhorou o seu recorde do mundo na perseguição em ciclismo de pista por duas vezes, tendo na primeira percorrido os quatro quilómetros em 3.50,570 minutos, através de Bradley Wiggins, Ed Clancy, Seven Burke e Owain Doull, que, na segunda, já na final, voltou a superar a marca, agora com 3.50,265, superando, tal como há quatro anos, a Austrália.

As chinesas Gong Jinjie e Zhong Tianshi bateram o seu próprio recorde no ‘sprint’, fixando-o em 31,928 segundos e superando o anterior máximo mundial (32,034), que já lhes pertencia desde o Mundial de 2015, e lograram depois arrecadar o título olímpico,k ao baterem na final as russas Daria Shmeleva e Anastasia Voinova, atuais campeãs do mundo.