As estonianas Leila, Liina e Lily Luik vão tornar-se nas primeiras trigémeas a participar em Jogos Olímpicos, na maratona do Rio2016 e, mesmo sem ambições de chegar a uma medalha, vão escrever uma página na história olímpica.

“Nunca houve trigémeos a participar em Jogos Olímpicos, seja na mesma edição ou em Jogos sucessivos. Se as Luik correrem, vai ser uma estreia. Vai ser histórico”, assegurou à agência AFP Bill Mallon, um historiador da competição residente na Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Nascidas em 15 de outubro de 1985, cinco anos antes de a Estónia se tornar independente da União Soviética, as três irmãs sempre foram inseparáveis, incluindo nos seis últimos anos, desde que se dedicaram à maratona.

Leila é a mais rápida a concluir os 42,195 quilómetros, tendo como melhor marca 02:37 horas, um registo distante do recorde do mundo, obtido pela britânica Paula Radcliffe em 2003, em 02:15.25 horas.

O recorde que as Luik vão estabelecer é outro, a da participação conjunta em Jogos Olímpicos, mesmo que seja apenas com o objetivo de baterem os seus melhores tempos. No entanto, para o treinador do trio, Harry Lembert, será inviável confiar que consigam cumprir a corrida em conjunto.

“Era bom que fizessem a maior parte do percurso juntas, mas, infelizmente, têm níveis diferentes”, explicou o técnico das três antigas dançarinas profissionais de hip-hop.

A carreira no atletismo pode ser curta para as três, que já pensam em dar as caras, no futuro, a uma empresa de cosméticos ou a um café.

“Veremos depois do Rio2016, quando tudo acalmar. Precisamos refletir como explorar o facto de sermos três e como poderemos fazer com que as pessoas venham ao nosso café, é que somos inseparáveis”, rematou Lily.