A comitiva do atletismo começou hoje a viagem rumo aos Jogos Olímpicos Tóquio2020, com Cátia Azevedo, Carlos Nascimento e Tiago Pereira a partirem para o Japão com objetivos distintos, mas em busca de bater recordes.

Juntamente com os triplistas Nelson Évora, Patrícia Mamona e Pedro Pichardo, bem como o lançador do peso Francisco Belo e a velocista Lorène Bazolo, os três atletas, que competem nos 400 metros, 100 metros e triplo salto, respetivamente, iniciaram a viagem até à capital nipónica, falando com a agência Lusa momentos antes.

“Estou muito, muito feliz. Ansiosa por correr e muito grata por estar nestes Jogos Olímpicos tão complicados de se chegar”, começou por dizer Cátia Azevedo, de 27 anos, que terminou no 31.º lugar a prova dos 400 metros nos Jogos do Rio2016.

A atleta sportinguista, natural de Oliveira de Azeméis, ambiciona regressar a solo português como semifinalista olímpica, procurando inclusive “um lugar mais próximo da final”, tendo assumido que vai “no melhor nível”, numa edição em que a pandemia de covid-19 cria “um bocadinho de ansiedade extra e alguns receios” entre os atletas.

A estrear-se em Jogos Olímpicos, o velocista Carlos Nascimento, de 26 anos, revelou “entusiasmo e alguma ansiedade positiva, porque é o concretizar de um sonho de 13 anos, de muita luta e sacrifício”, partindo com o intuito de “ir o mais longe possível” numa competição “muito difícil”, pois a prova de 100 metros é “extremamente exigente”.

“Já começo a pensar também um pouco no que aí vem e garantir já, se possível, a marca para estar no Campeonato da Europa, que creio que é 10,28 segundos. Isso seria o principal objetivo, por assim dizer. Tudo o resto acaba por ser um extra, sair de lá com recorde do ano e tentar o máximo possível o recorde pessoal”, expressou.

O atleta do Sporting falou ainda da preparação e de como procurou adaptar-se às condições extremas de humidade e temperatura que se fazem sentir na capital nipónica, que passou sobretudo por “treinar a horas de bastante calor em Portugal”.

“A questão da humidade, infelizmente, não é igual porque lá é muito superior, mas tentámos ao máximo simular em termos de treino aquilo que vamos passar lá e preparar da melhor forma, para termos o corpo o mais adaptado possível”, explicou.

Já Tiago Pereira, também ele estreante em provas olímpicas, demonstrou muita ambição em “estar na luta por algo muito importante” no triplo salto, uma vez que, à exceção do português Pedro Pichardo e do burquinense Hugues Fabrice Zango, “a um nível distante de todos os outros”, entende que os restantes estão a níveis idênticos.

“Esses dois atletas estão a um nível superior. Todos os outros estamos no mesmo nível e temos todos a mesma qualidade. É ir passo a passo, vamos devagar. Primeiro, estar na final. Depois, se estiver, ficar nos oito primeiros e, aí, tudo é possível. Quero e acredito que vou estar no meu melhor de sempre”, sublinhou o lisboeta, de 27 anos.

Tiago Pereira contou que “já queria estar presente em 2016”, mas uma lesão afastou-o desse objetivo, que cumpre agora, com a mentalidade de que “já é um prémio lá estar”, embora seja “uma pessoa ambiciosa”, traduzidas em “marcas excelentes” que lhe permitem participar num evento que representa “um marco muito importante”.

Portugal vai estar representado por 92 atletas, em 17 modalidades, nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, que vão ser disputados entre 23 de julho e 08 de agosto, depois do adiamento por um ano, devido à pandemia de covid-19.

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