Na estreia do surf como desporto olímpico, a medalha de ouro na competição feminina (tal como havia sucedido na competição masculina) acabou por sorrir à líder do ranking mundial.

Quatro vezes campeã do mundo, Carissa Moore dominou a final frente à sul-africana Bianca Buitendag, que nos quartos-de-final havia deixado pelo caminho a melhor representante portuguesa, Yolanda Hopkins, vencendo a bateria decisiva com um total de 14.93 na soma das suas duas melhores ondas, contra  8.43 da adversária.

Carissa Moore, de 28 anos, soma assim mais um momento de glória numa carreira repleta de sucessos, juntando o título olímpico aos quatro de campeã do mundo que conquistou em 2011, 2013, 2015 e 2019. A surfista do Hawaii está também no bom caminho para voltar a arrecadar o cetro mundial em 2021, liderando o ranking a duas provas do fim do circuito feminino da World Surf League.

Quanto a Bianca Buitendag, que tal como as duas portuguesas que estiveram na competição olímpica não integra sequer o o circuito mundial em 2021, foi talvez a principal surpresa da prova, mas acabou por ter de se contentar com a prata. O bronze ficou em casa, sorrindo à japonesa Amuro Tsuzuki, que na bateria de atribuição do terceiro lugar derrotou Caroline Marks, dos EUA.

Recorde-se que, no que toca às duas portuguesas que estiveram em prova, Yolanda Hopkins viu-se, então, afastada nos quartos de final, terminando dessa forma no quinto lugar da competição e garantindo um diploma olímpico para Portugal, enquanto Teresa Bonvalot foi afastada na terceira eliminatória.

Nos homens, pouco antes, o brasileiro Ítalo Ferreira tinha conquistado o ouro numa competição que, do lado português, ficou marcada pela ausência de Frederico Morais, ausente ao testar positivo à COVID-19 precisamente no dia em que deveria ter rumado ao Japão.