O Comité Olímpico de Portugal (COP) assinalou hoje os 100 dias para o início de Tóquio2020 com o lançamento da aplicação Equipa Portugal, que pretende dar a conhecer o percurso e os resultados dos atletas a todos os cidadãos.

“Estamos mais próximos do que nunca dos portugueses, com uma aplicação que permite que todos possam acompanhar a atividade desportiva dos atletas que já garantiram o seu lugar em Tóquio ou que ainda procuram conquistar a sua participação nos Jogos Olímpicos”, congratulou-se José Manuel Constantino, presidente do COP.

A aplicação, cuja utilidade e atualização persistirá no tempo, prolongando-se além de Tóquio2020, que decorrerá entre 23 de julho e 8 de agosto, e permitirá conhecer todos os competidores da Equipa Portugal, a sua biografia, agenda, participações e resultados, igualmente em campeonatos da Europa e do Mundo.

“É uma ‘app’ que vai promover a transformação digital da comunicação dos nossos atletas e a sua valorização, aumentando a empatia, simpatia e reconhecimento por todos os que vão representar Portugal em Tóquio2020”, acrescentou Marco Alves, chefe da missão lusa no Japão.

O responsável, que fala num evento “mais digital do que nunca”, elogia ainda a forma como a mesma vai ajudar a Missão na gestão da informação em Tóquio2020 junto dos desportistas, treinadores, dirigentes e comunicação social, com dados específicos e direcionados, além da veiculada para todos os cidadãos que a descarregarem.

José Manuel Constantino assume que os desafios logísticos e operacionais relacionados com Tóquio2020 vão promover uma evolução qualitativa do trabalho do COP, que tem tentando corresponder às sucessivas alterações de diretrizes emanadas do comité organizador.

“Oxalá que as nossas preocupações não tenham novos desenvolvimentos. Não estamos imunes a que nestes 100 dias não ocorram decisões que nos apanhem complemente de surpresa”, alertou.

Apesar de todos os condicionalismos que exigem permanentes adaptações, o presidente do COP sublinha que a principal preocupação é efetivamente a de que os JO “se realizem mesmo”, recordando a “posição desfavorável da opinião publica japonesa”.

José Manuel Constantino deseja que o evento, que foi adiado um ano devido à covid-19, se realize de facto, como forma de “respeitar o esforço” dos atletas, das federações, das modalidades e dos diversos Estados nas suas missões olímpicas.

Revelou ainda que na segunda-feira o COP já foi contactado pela equipa responsável pela vacinação em Portugal, tendo sido questionado sobre o número de competidores, as provas agendadas e outras informações “para fazer a devida programação e se possa articular com COP o processo pratico da vacinação da Missão”.

Quanto aos objetivos contratualizados em 2017 com a tutela, de duas posições de pódio e 12 diplomas, classificações até ao oitavo lugar, foi claro quanto às responsabilidades.

“É por estes resultados que respondemos. Se por acaso forem superiores ao contratualizado, ficaremos todos muito satisfeitos. Se ficarem aquém, a responsabilidade será do COP porque não foi capaz de garantir o que contratualizou”, assumiu.

Já Marco Alves falou do fim de abril como o momento para a Missão perceber todas as condicionantes relativas à presença e participação da Missão nas diversas áreas, destacando os “desafios logísticos inéditos” que a pandemia tem provocado.

A montagem de um ginásio na aldeia olímpica, o envio de equipamento desportivo e de suplementos de alimentação fazem parte de uma rigorosa estratégia para evitar todo o tipo de contacto com outras delegações.