Dressel, apontado como sucessor de Michael Phelps, Matt Biondi e Mark Spitz, ganhou categoricamente a prova do hectómetro, com um novo recorde olímpico de 47,02 segundos, batendo os 47,05 do australiano Eamon Sullivan, em Seul1988, num registo que então era também recorde mundial.

Na final, o nadador de 24 anos de Green Cove Springs, na Florida, bateu por apenas seis centésimos o britânico Kyle Chambers, que no Rio2016 tinha arrebatado um ouro, com um recorde mundial júnior de 47,58, e por 42 o russo Kliment Kolesnikov.

Quanto ao recorde mundial, não esteve em perigo, continuando na posse do brasileiro César Cielo, que registou 46,91 segundos em 30 de julho de 2009, nos Mundiais de Roma.

Mais importante foi, porém, o ouro, o seu segundo em Tóquio2020, depois de ter ajudado os Estados Unidos a ganhar os 100 metros livres. Pela frente, ainda terá os 50 livres, os 100 mariposa e, provavelmente, mais os 4x100 estilos.

Se a vitória de Dressel não foi surpresa, o mesmo não se pode dizer da do seu compatriota Robert Fink, que chegou ao Japão com o 12.º melhor tempo e acabou, ‘against all odds’, como o primeiro campeão olímpico dos 800 metros livres.

Na estreia da prova no sexto masculino, Fink, de 21 anos, veio de trás para a frente e ultrapassou na parte final o italiano Gregorio Paltrinieir, que arrancou como uma ‘bala’, chegando a fazer passagens abaixo do recorde do Mundo, mas não aguentou a recuperação do norte-americano na parte final.

O transalpino ficou com a prata, em 7.42,11 minutos, enquanto Mykhailo Romanchuk colocou a Ucrânia no ‘mapa’ das medalhas, ao arrebatar o bronze, em 7.42,33.

Ainda no setor masculino, o triunfo nos 200 metros bruços foi para o australiano Isaac Stubblety-Cook, que ganhou com um novo recorde olímpico, de 2.06,38 minutos, superando os 2.07,22 do japonês Ippei Witanabe nas meias-finais do Rio2016 – depois foi apenas sexto na final.

Stubblety-Cook, de 22 anos, negou o ouro ao holandês Arno Kamminga, que com 2.07,01, repetiu a prata dos 100 bruços, enquanto Matti Mattsson selou o primeiro ‘metal’ para a Finlândia, ao ser terceiro, com 2.07.13.

No feminino, a protagonista foi a chinesa Zhang Yufei, que, depois da prata nos 100 mariposa, sagrou-se campeã olímpica dos 200, com um novo recorde olímpico de 2.03,86 minutos, e, a acabar, ajudou a China a bater o recorde do mundo dos 4x200 livres.

Na prova individual, Zhang retirou da lista dos recordes a sua compatriota Jiao Ly, que havia registado 2.04,06 minutos em 01 de agosto de 2012, em Londres.

A prata foi para a norte-americana Regan Smith, que gastou 2.05,30 minutos para somar a sua segunda medalha em Tóquio2020, após o bronze nos 100 metros costas, enquanto o terceiro posto foi para a compatriota Hali Flickinger, em 2.05,65.

No fecho da jornada, a China venceu os 4x200 metros livres, em 7.40,33 minutos, numa final em que os três primeiros bateram o anterior máximo mundial, que tinha sido fixado pela Austrália, com 7.41,50 minutos, em 25 de julho de 2019.

Yang Junxuan, Tang Muhan, Zhang Yufei e Li Binjie também bateram o recorde olímpico dos Estados Unidos, com 7.42,92 minutos, em 01 de agosto de 2012.

A estafeta norte-americana foi segunda classificada, com 7.40,73 minutos, e a Austrália foi terceiro, em 7.41,29, com as três marcas que valeram as medalhas a passarem a ser as três melhores da história.