O plano da organização de Tóquio2020 de vacinar cerca de 70 mil voluntários contra a covid-19 foi hoje a nota dominante do primeiro dia da reunião do Conselho Executivo do Comité Olímpico Internacional (COI).

As declarações de Toshiro Muto, presidente do Comité Organizador, marcaram um primeiro dia que contou ainda com a apresentação de uma equipa olímpica de refugiados, com 29 atletas, e o anúncio do controlo por GPS dos jornalistas estrangeiros na prova.

“Quando falamos de voluntários, especialmente os que entram em contacto com atletas, temos de os tratar como se fossem também desportistas”, explicou Muto.

A medida visa minimizar o contágio e apaziguar uma opinião pública japonesa que é favorável a novo adiamento ou a um cancelamento, além da desistência de milhares de voluntários e dos pedidos de vários setores, como na saúde, para que o evento seja reequacionado.

O alargamento do programa de vacinação de atletas e equipa técnica é “muito provável”, reforçou o responsável, mesmo que com dúvidas sobre o tempo disponível, a poucas semanas do arranque da prova.

Por seu lado, foi a própria presidente dos Jogos, Seiko Hashimoto, a explicar que os cerca de seis mil jornalistas presentes provenientes do estrangeiro terão de não só submeter uma lista de locais a visitar nos primeiros 14 dias no país, mas ser controlados através do sistema GPS.

Hashimoto explicou ainda que os hotéis previstos para albergar a comunicação social serão cerca de 150, contra os 350 inicialmente previstos, para melhor controlar o cumprimento das regras.

Em junho espera-se a publicação da última versão do manual (‘playbook’) para os vários participantes acreditados, além de uma decisão final sobre a presença de adeptos japoneses, com fãs do estrangeiro já proibidos de assistir às provas, entre 23 de julho e 08 de agosto.

Na conferência de imprensa após o primeiro dia do Conselho Executivo, que volta a reunir quarta-feira, ficou ainda decidido abrir a discussão da alteração do lema olímpico, para lhe acrescentar a palavra “juntos”, ou ‘communitae’, em latim.

Outra das decisões tomadas quanto à Carta Olímpica foi a de inscrever no documento um papel mais efetivo dos atletas dentro dos comités olímpicos nacionais, reforçando as comissões de atletas e colocando representantes nas assembleias-gerais.

O velocista congolês do Sporting Dorian Keletela, há cinco anos acolhido em Portugal, vai ser um dos 29 atletas integrantes da equipa olímpica de refugiados.

Keletela, de 22 anos, que é um dos atletas apoiados pelo Comité Olímpico de Portugal (COP), no âmbito do Programa Viver o Desporto – Abraçar o Futuro, vai disputar a competição de 100 metros em Tóquio2020, sendo orientado pelo português Francis Obikwelu, vice-campeão olímpico na distância em Atenas2004.

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