A seleção de Cabo Verde de ultramaratona prepara a sua participação na 29ª edição do Campeonato do Mundo de Ultramaratona (100 quilómetros) que se realiza a 27 de novembro em Alcázares (Espanha).

A seleção cabo-verdiana vai defender o título conquistado em setembro de 2015, na cidade holandesa de Winchoten, pelo atleta José Cabral, numa equipa que foi ainda constituída por Nataniel Moreira e Orlando Tavares.

A Federação Cabo-verdiana de Atletismo (FCA) ainda não definiu o quadro final dos atletas seleccionados, mas ao que apurou a Inforpress os internacionais cabo-verdianos José Cabral, Joaquim Gama e Nelito Varela, o trio que habitualmente representa esta instituição nestas provas, junta-se ao regressado Adilson Spencer e ao italo-cabo-verdiano Claudio Morgan nos trabalhos de preparação.

Segundo o capitão da equipa, José Cabral, por sinal oficial da Polícia Nacional (PN), trata-se de uma competição que exige muito do atleta, obrigado a uma sobrecarga de 180 a 200 quilómetros por semana.

Explicou que num final de semana o desportista está sujeito a correr 90 quilómetros em apenas dois dias, sendo que a menor distância que realizam nestes treinos de preparação é de 15 quilómetros, classificada como corrida lenta, no dia do “descanso ativo”.

A prova, segundo o especialista, vai ser disputada em 80 por cento de asfalto e 20% em trilhas, marcadas por pedregulhos e areia, pelo que “estrategicamente” a equipa treina nas rodovias planas da capital.

Trata-se da terceira participação de Cabo Verde no Mundial de Ultramaratona, depois de marcar presença nos Campeonatos do Mundo de Qatar (Novembro, 2014), França (Mundial de Trail em Annecy, Maio/2015) e Maratona de Winchoten (Holanda) em setembro de 2015.

A ultramaratona é referenciada como uma prova desportiva muito exigente, desgastante, desafiante, que pode ir a mais de 12 horas de corridas, em diferentes altitudes e terrenos, com distâncias de 80 quilómetros, 100 quilómetros e 120 quilómetros.

Para os responsáveis da FCA a imagem e a promoção de Cabo Verde, para além das conquistas desportivas, são os principais resultados alcançados, o que tem também “contribuído humildemente” para a “atração turística” e o “bom nome” do país.