O atleta cabo-verdiano Jordin Andrade acabou por ser repescado para as meias-finais da prova dos 400 metros barreiras, já que a Federação Internacional de Atletismo deu provimento favorável ao protesto através da analise técnica do seleccionador Júlio Nagana e do COC.

O protesto foi apresentado logo a seguir à prova e com este parecer, o atleta cabo-verdiano volta a competir hoje, desta feira para a segunda semi-final, marcada para às 21:42 (horário de Brasília) - 23H42 (Cabo Verde) desta terça-feira, 16 Agosto.

Com esta sentença, "pela primeira vez, um atleta cabo-verdiano passa para a fase seguinte de uma prova dos Jogos Olímpicos", razão pela qual o momento é considerado histórico pelo Comité Olímpico Cabo-verdiano.

O atleta crioulo terminara segunda-feira a prova dos 400 metros barreiras, realizada no Estádio Olímpico do Engenhão, na quarta posição, com o tempo de 49:35 segundos, na sexta série da prova, mas tinha sido desqualificado "por falta técnica".

Com esta marca, Jordin Andrade tinha o tempo suficiente para ser repescado para as meias-finais, o que veio a confirmar após o recurso de Cabo Verde merecer o parecer favorável da Federação Internacional de Atletismo, IAAF.

De acordo com a presidente do Comité Olímpico Cabo-verdiano, " argumento utilizado pelos juízes da corrida foi de que Jordin Andrade terá batido e derrubado a barreira propositadamente para conseguir vantagem, aplicando lhe a lei 168.7 da Federação Internacional de Atletismo, que explica que o atleta não pode derrubar a barreira intencionalmente ou meter os pés por baixo da barreira para o derrubar".

Entretanto, explica o COC, de acordo com as imagens recolhidas no local pela delegação, o "atleta não derrubou propositadamente a barreira, tendo-a tocado apenas com os calcanhares quando fazia o salto".

Jordin é o segundo cabo-verdiano a participar nesta modalidade representando o país. Nos Jogos da Atlanta 1996 Henry Andrade, seu tio, fez a mesma prova, mas não conseguiu prosseguir, devido a uma lesão.