A Federação Angolana de Basquetebol (FAB) suspendeu por 70 dias os onze árbitros grevistas que se recusaram a apitar jogos da última jornada da fase de qualificação do campeonato nacional sénior masculino da modalidade, na passada terça-feira.

Num comunicado a que a Angop teve acesso esta quinta-feira, o órgão reitor do basquetebol no país refere que ao longo de várias épocas tem existido uma permanente pressão por parte da classe de juízes, num momento em que se aproxima a fase decisiva do BIC-Basket, o que desta vez não cedeu.

Tratam-se de António Bernardo, António Samuel, David Manuel, Fernando Seco, Fernando Pacheco, Francisco Tandu, Francisco Pacheco, Mbunga Pedro, Osvaldo Neto, Paulo Luvati e Wilson Boaventura, cuja sanção começa a contar desde o dia 10 deste mês, data da paralisação.

A Associação Nacional de Juízes de Basquetebol de Angola (ANJBA) decretou na segunda-feira a última greve dos seus associados, alegando constantes trocas à última hora de árbitros nomeados para jogos, pondo em risco a realização da referida jornada, situação que obrigou a federação a recorrer a juízes que não se reveem no movimento grevista.

No documento, a FAB esclarece ainda, entre outras situações, que tais mudanças visam proteger, em primeira instância, o jogo e os clubes que tornam possível a competição, num contexto em que têm sido frequentes as contestações ao nível de suspeições da atividade de alguns árbitros em determinadas partidas.

A federação dá conta também, noutra nota, da exoneração da comissão de arbitragem, tendo nomeado em substituição uma comissão ad-hoc, dirigida pelo seu secretário-geral, António Sofrimento, e integrada por Nuno Teixeira, diretor técnico, Amaro Lourenço e Heno Cristóvão, para apoio administrativo.