A Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) prolongou a suspensão do calendário velocipédico até 31 de maio, “decisão que decorre das diretrizes das autoridades” nacionais no âmbito do combate à pandemia de covid-19, anunciou hoje o organismo federativo.
“A FPC, fortemente empenhada no esforço global para conter a proliferação de covid-19, prolonga até 31 de maio a suspensão do calendário velocipédico, anteriormente parado até 03 de abril”, informou a FPC, em comunicado.
A entidade reguladora da modalidade assinalou que a decisão “decorre das diretrizes das autoridades” portuguesas e é “coerente com a decisão da UCI [União Ciclista Internacional] no que respeita a todo o calendário internacional da modalidade”, suspenso até 01 de junho.
De acordo com o calendário velocipédico nacional, as provas abrangidas pela suspensão são as seguintes: Clássica Aldeias do Xisto (05 abril), Grande Prémio Beiras e Serra da Estrela (17 a 19 de abril), Volta a Albergaria (17 de maio), Memorial Bruno Neves (24 de maio) e Grande Prémio O Jogo (28 a 31 de maio).
“Vivemos um tempo em que temos de manter o rigor, a determinação e a paciência no cumprimento das medidas de combate à pandemia. Mas o que nos move é a paixão pelo ciclismo e trabalhamos diariamente, ouvindo diferentes parceiros, para conseguirmos dar a volta por cima”, observou o presidente da FPC, Delmino Pereira.
A FPC indicou que a suspensão motivada pela pandemia do novo coronavírus afeta perto de 200 competições e outros eventos, de âmbito internacional, nacional e regional e de todas as vertentes da modalidade.
O organismo mantém também “contactos permanentes com toda a comunidade, ouvindo associações regionais, organizadores, clubes e ciclistas, no sentido de avaliar em permanência a situação, para que, cumprindo as determinações das autoridades nacionais, seja possível preparar o regresso à atividade”
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infetou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 51 mil. Dos casos de infeção, cerca de 190.000 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia, e o continente europeu é neste momento o mais atingido, acima de 525 mil infetados e de 37 mil mortos.
Em Portugal, segundo o balanço feito na quinta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 209 mortes, mais 22 do que na véspera (+11,8%), e 9.034 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 783 em relação a quarta-feira (+9,5%).
Dos infetados, 1.042 estão internados, 240 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 68 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março, tendo a Assembleia da República aprovado hoje o seu prolongamento até ao final do dia 17 de abril.
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