A equipa feminina de hóquei em patins do Benfica, que vai organizar a ‘final four’ da Liga dos Campeões, assumiu a intenção de aproveitar o fator casa e conquistar pela segunda vez a competição.

Antes de um treino no Pavilhão Fidelidade, em Lisboa, o treinador Paulo Almeida e as jogadoras Marlene Sousa, Maria Vieira e Beatriz Figueiredo falaram aos jornalistas, fazendo a antevisão à fase final que decorrerá no fim de semana, com as ‘águias’ a pretenderem voltar a quebrar a hegemonia espanhola na prova, como fizeram em 2015.

“Jogar em casa é sempre melhor do que jogar fora e acreditamos que o pavilhão vai estar cheio a apoiar a equipa. A minha equipa está muito focada e vai tentar fazer o máximo que estiver ao alcance para conseguir chegar à final. O apoio do público pode empurrar a equipa a fazer um grande jogo e a chegar à final”, afirmou Paulo Almeida.

O Benfica defronta as espanholas do Vila-Sana nas meias-finais e, em caso de triunfo, encontrará outra equipa do país vizinho no encontro decisivo, o Gijón ou o Palau i Plegamans.

“Para ganhar, temos de correr mais, lutar mais e ter também a ‘estrelinha’ da sorte no jogo. As equipas espanholas não fazem mais, nem menos, do que a equipa do Benfica faz. O Benfica talvez seja o clube do mundo que tem as melhores condições para praticar qualquer modalidade”, assegurou o treinador, que acredita que a equipa está “mais focada nos pequenos pormenores”, para evitar nova derrota em casa numa final.

Em 2018, o Benfica também organizou a ‘final four’ da Liga dos Campeões e alcançou a final, mas perdeu por 4-3 com o Gijón. No entanto, a equipa da Luz está agora mais madura e experiente, tendo o objetivo claro de lutar “pelo primeiro lugar” em todos os troféus.

“É de valorizar o Benfica estar, mais uma vez, entre equipas espanholas. É um exemplo para o desporto português e diz muito sobre o que é um grande clube como o Benfica. Temos uma equipa mais experiente e madura, temos de nos focar e estar concentradas do primeiro ao último apito. Esperamos que jogar em casa seja um fator a nosso favor”, realçou a ‘capitã’ e avançada do Benfica, Marlene Sousa, que venceu a prova em 2015.

A guarda-redes Maria Vieira também esteve presente na conquista de 2015, tal como na final perdida em casa, em 2018, na qual, na altura, considerou ter sido “um evento grande, com muito mediatismo e estímulos que não foram fáceis de controlar”, mas é uma equipa “cinco anos mais velha, madura e forte física, tática e emocionalmente” a que vai disputar nova ‘final four’ da Liga dos Campeões, com foco apenas no Vila-Sana.

“Por mais campeonatos, Taças de Portugal ou Supertaças, é a Liga dos Campeões que nos move e faz esta equipa trabalhar todos os dias, ainda mais recebendo este evento em casa. Sabíamos que este dia iria voltar, mas, desta vez, somos mais maduras e crescidas”, expressou a atleta, de 26 anos, que destacou o “poder físico, poder ofensivo muito grande e algumas lacunas defensivas que poderão ser exploradas” no Vila-Sana.

Por último, Beatriz Figueiredo, que ainda não integrava o plantel benfiquista na decisão de 2018, mostrou-se ansiosa por poder jogar uma ‘final four’ na condição de equipa da casa e ver a equipa a ter oportunidade de se valorizar e de obter mais reconhecimento.

“Muito feliz por jogar em casa e ter esta possibilidade. Estamos ansiosas, mas é uma ansiedade boa de querer jogar. Sinto a equipa com as energias direcionadas no sentido certo, de querer ganhar e dar o melhor”, apontou a hoquista, de 25 anos.