Os programas de preparação olímpica e paralímpica para Tóquio2020 vão ser assinados na segunda-feira, no Centro de Alto Rendimento (CAR) de atletismo, no Jamor, em Oeiras.

Estes programas contemplam 18,5 milhões de euros para a preparação olímpica, mais dois milhões do que para o Rio2016, e 6,9 para os paralímpicos, num aumento de 3,1 relativamente aos Jogos anteriores.

Em comunicado, o Ministério da Educação informa que a cerimónia vai ser presidida pelo primeiro-ministro, António Costa, e que as apresentações dos programas estão a cargo dos presidentes dos Comité Olímpico de Portugal (COP), José Manuel Constantino, e do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), José Lourenço.

Além da apresentação destes programas, marcada para as 15:00, vai ocorrer uma mostra de tecnologia nacional aplicada ao desporto, tendo em vista, a “otimização do treino e rendimento de atletas e da atividade desportiva de alta competição”.

No mesmo comunicado, o Governo destaca a “dotação superior a 25 milhões de euros, representando no caso do paralímpico um aumento de 82% face ao ciclo Rio2016”, e reforça a aposta “na preparação de atletas que reúnam requisitos para afirmar Portugal na ordem desportiva internacional”.

O contrato-programa de preparação olímpica para Tóquio2020/Paris2024 prevê a obtenção de pelo menos duas medalhas nos próximos Jogos.

Além das duas presenças em lugares de pódio, o contrato estipula ainda a obtenção mínima de 12 diplomas, ou seja, classificações até ao oitavo lugar, e pelo menos 26 iguais ou acima do 16.º posto.

Entre os objetivos definidos no documento contam-se também o aumento da pontuação dos resultados obtidos, o que significa alcançar mais de 40 pontos nas classificações até ao oitavo lugar, e o crescimento para 80% do rácio entre atletas apoiados e atletas selecionados para Tóquio2020.

O contrato prevê ainda uma subida das modalidades representadas para 19 (contra 13 em Londres2012 e 16 no Rio2016), e um aumento da presença de atletas femininas, esperando-se que tenham um peso de pelo menos 40% entre os qualificados.

Para este ciclo estabelece-se também a "criação de apenas dois níveis de integração", designados Top Elite e Elite, em vez dos três anteriores, embora esteja previsto um nível de apoio às federações para atletas não integrados com valor desportivo suscetível de qualificação para os Jogos.

Nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, Portugal só conquistou uma medalha, de bronze, por intermédio da judoca Telma Monteiro, que foi terceira na categoria de -57kg.