Lesões "graves na cabeça, pescoço e coluna" terão sido a causa da morte no domingo do piloto Paulo Gonçalves, na sequência de uma queda na sétima etapa do Rali Dakar, adiantou fonte da equipa à agência Lusa.

A mesma fonte da equipa Hero, pela qual alinhava o piloto de Esposende, explicou que, neste momento, estão a ser "tratados todos os trâmites burocráticos necessários" para a libertação do corpo, algo que "deverá acontecer ainda hoje".

Espera-se que a trasladação dos restos mortais do piloto aconteça, "na melhor das hipóteses”, na terça-feira.

O piloto Paulo Gonçalves faleceu este domingo, aos 40 anos, na sequência de uma queda na sétima de 12 etapas da 42.ª edição do Dakar, naquela que era a sua 13.ª participação.

Segundo explicou a organização e foi possível ver nas imagens difundidas pelas televisões, o local era uma reta em que os pilotos seguiam "a alta velocidade", e em que, segundo o piloto australiano Toby Price (KTM), havia "uma lomba".

O piloto português foi encontrado "inconsciente e em paragem cardiorrespiratória". O óbito foi declarado já no hospital de Layla.

Já esta segunda-feira a equipa do piloto português, a Hero Motorsports, anunciou esta segunda-feira que vai abandonar o Dakar e que não vai participar no que resta da prova. Um porta-voz da equipa referiu ao site 'Motorsport.com' que a equipa considera não haver condições para continuar, após a trágica morte de Paulo Gonçalves.

Desde o falecimento do piloto, foram inúmeros os tributos que lhe prestados, vindos dos mais variados quadrantes. Na manhã desta segunda-feira foi o treinador de futebol André Villas-Boas, amante da modalidade e ele mesmo um antigo piloto do Dakar, a lembrar as primeiras palavras que trocou com Paulo Gonçalves quando o conheceu.

Já o piloto australiano Toby Price, o primeiro a passar junto a Paulo Gonçalves após o acidente que custou a vida ao português, explicou como tudo se passou e o que sentiu nesse momento.