O Movimento "naodeixesPortugalafogar", surgido no início da pandemia do covid-19, apelou a todas as entidades e órgãos de soberania para a "necessidade de todas as piscinas a nível nacional voltarem a ser utilizadas de forma segura e cumprindo todas as indicações".
"Temos como objetivos sensibilizar a população em geral e todas as entidades e órgãos de soberania para a necessidade de todas as piscinas a nível nacional voltarem a serem utilizadas de forma segura e cumprindo todas as indicações. Pretende-se também sensibilizar os órgãos de soberania para a criação de apoios especiais no presente e no futuro, que garantam a sustentabilidade e viabilidade dos complexos aquáticos e de todos os que lá trabalham", refere o movimento em carta de apresentação.
Paralelamente - salienta este movimento independente de profissionais das atividades aquáticas - procura-se "alertar e sensibilizar as instituições que gerem estas instalações para a necessidade de diminuir as situações precárias na qual se encontram muitos colaboradores" das atividades aquáticas.
"Sabemos que o presente e o futuro próximo das piscinas, suas atividades e seus profissionais serão difíceis, sentimos que estamos colocados no final da lista de prioridades e que as nossas instalações são conotadas como das mais contaminadoras no que diz respeito a bactérias e vírus, apesar de ser um dos locais com maior higienização e controlo já antes desta pandemia", sublinha a carta, apelando a medidas e soluções urgentes para o setor.
O movimento "nãodeixesPortugalafogar" lembra que há "colegas que por serem prestadores de serviços ou estando neste momento em lay-off vivem momentos agonizantes a nível pessoal e familiar" devido ao encerramento das piscinas e outras atividades aquáticas.
"As medidas recentemente tomadas, não satisfazem a situação das piscinas, visto que a grande maioria são de gestão municipal e que deixaram clubes e escolas de natação na mesma situação que estávamos antes da nova fase de desconfinamento. Teremos que preparar um futuro que não coloque em casa muitos dos quantos trabalham em piscinas, sob pena de estarmos a matar uma economia desportiva e o bem essencial para a sociedade, o desporto", conclui a carta.
Assinam a carta do movimento Rui Santos, Tiago Vasconcelos, Tiago Henriques e Jorge Gomes. O movimento é formado por um conjunto de técnicos nacionais que se juntou com regularidade para avaliar a situação inerente ao estado de emergência, ao encerrar das piscinas e respetivas atividades, à sua constante evolução e às consequências que progressivamente foram surgindo.
"Com a constante análise da situação foram surgindo naturalmente situações que se prendem com a precaridade laboral, com que muitos técnicos e treinadores de natação viviam antes da pandemia e substancialmente cresceram com a mesma", indica ainda a carta com os princípios e objetivos do movimento.
O movimento "nãodeixesPortugalafogar" diz ainda pretender ser "um motor de união entre todos os profissionais de piscinas, promovendo mecanismos que promovam o regresso à atividade profissional em segurança e em condições de viabilidade financeira para as entidades gestoras dos espaços".
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