Não podia ter sido melhor a transição de Frederico Gil de um torneio Masters 1000 do ATP World Tour para um “challenger” do circuito secundário. Mas Gil, que esta semana ocupa o 64.º lugar no ranking mundial (a melhor classificação de sempre de um tenista português), soube adoptar a atitude certa para encarar o primeiro adversário na Tennis Napoli Cup e derrotou o francês Augustin Gensse (182.º), por 6-3, 6-4.

«É um ambiente completamente diferente, as bolas são mais leves, os courts um pouco mais irregulares, mas é mesmo assim e é preciso saber enfrentar estes obstáculos», explicou o cabeça de série n.º3 do torneio italiano, quatro dias depois de disputar os quartos-de-final do Monte Carlo Rolex Masters.

Gil foi o primeiro a dispor de break-points, logo no segundo jogo, mas só faria a diferença no oitavo jogo (pulando para 5-3) e já depois de anular quatro oportunidades de break do francês. Gensse acusou a perda do set inicial e cedeu novamente o serviço no jogo inaugural da segunda partida. Gil liderou confortavelmente, mas quando serviu a 4-3, sofreu a reacção do adversário que igualou. O break serviu de alerta para Gil, que “quebrou” de imediato o francês e, no jogo seguinte, fechou o encontro na primeira ocasião.

«Em nível de jogo não foi tão bom, mas o importante era passar a primeira ronda. Sabia que ia ser um adversário difícil, que se solta e joga bom ténis frente a adversários com melhor ranking. Foi crucial manter a atitude certa e uma agressividade sempre alta e consistente», justificou Gil.

Amanhã, na segunda ronda do torneio dotado com um prize-money de 30 mil euros, Gil defronta o britânico de 20 anos, Daniel Smethurst (509.º), que veio do qualifying, onde eliminou o também português Pedro Sousa.

«Vi um bocado do encontro dele com o Pedro e, também, vi um pouco do de hoje. É um adversário que não joga muito à inglesa, mais à espanhola, raçudo e sólido do fundo do court», adiantou Gil.