A informação consta dos resultados de uma averiguação realizada por uma "equipa multissetorial" constituída pelo Governo, após o aparecimento, na manhã de sexta-feira, de combustível, na praia de Sagal, na baía de Pemba, província de Cabo Delgado, referiu em comunicado o Ministério dos Recursos Minerais e Energia.

"Não foi encontrada nenhuma fauna marinha morta ou flutuando nas águas, num raio de 300 metros do local de derrame", explicou a nota.

A equipa avaliou em 5.000 litros a quantidade de combustível derramada.

De acordo com os resultados apurados, o combustível em causa trata-se de gasóleo.

A equipa estimou a área diretamente afetada pelo despejo de combustível em 3.000 metros quadrados.

O grupo de trabalho descartou "automaticamente" a hipótese de a descarga ter sido provocada por fuga na tubagem que transporta combustível do porto de Pemba até à infraestrutura de armazenamento da empresa estatal Petromoc.

Como causa do derrame, a equipa multissetorial aventou a hipótese de contrabando, mas admitiu que não se pode avançar com segurança sobre a verdadeira causa do incidente.

Nesse sentido, prevalece a falta de identificação da real proveniência do produto derramado.

Apesar do risco para a saúde pública, a população que acorreu ao local do derrame de gasóleo recorreu aos meios de que dispunha para evitar a contaminação das águas, recolhendo, tanto quanto possível, o combustível em circulação nas águas da baía.

Além da constituição de uma equipa multissetorial, o Governo agiu rapidamente para a reposição da ordem e tranquilidade pública, proteção permanente do local e intensificação da vigilância lacustre e fluvial, com vista à identificação do responsável pelo incidente.

No domingo, o diretor de Infraestruturas de Cabo Delgado, Norte Uali, disse à comunicação social que o despejo de combustível terá acontecido quando desconhecidos protagonizavam o roubo deste recurso no porto de Pemba para o descarregar num barco.

O aparecimento de gasóleo levou a população a retirar o líquido para uso particular, afirmou Uali.

O dirigente avançou que se chegou a admitir a hipótese de a descarga ter sido provocada pela vandalização de uma conduta de combustível da petrolífera estatal moçambicana Petromoc, mas essa possibilidade foi afastada.

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