"A melhor jogadora delas não jogou [Jie Li, 55.ª da hierarquia mundial], mas mesmo assim foi difícil. Ontem [sexta-feira] e hoje de manhã estivemos meias murchas e algo nervosas, mas agora estamos melhor. Ganhámos e isso foi o mais importante", admitiu Fu Yu.

A atleta portuguesa mais bem cotada (41.ª), já apurada individualmente para os Jogos, decidiu a contenda na 'negra', despachando Kim Vermaas (11-2, 11-8 e 11-9), após ter batido Britt Eerland no primeiro embate de singulares (12-11, 11-9, 11-8 e 11-4), antes de Jieni Shao derrotar Britt Eerland no terceiro encontro (14-11, 11-8, 11-9 e 11-4).

Portugal chegou à fase de repescagem após ter sido eliminado pela Hungria na ronda principal (3-1), num encontro que reeditou a meia-final do Europeu 2019, embora com um desfecho diferente, que acabou por amenizar os índices anímicos da 'equipa das quinas'.

"O momento nunca foi fácil e as jogadoras foram um bocado abaixo desde esse jogo. Falámos entre nós, vimos que não podíamos perder a vontade e tínhamos de tentar tudo", recordou a selecionadora Xie Juan, cujas pupilas se apoiaram no "apoio importante" do público para alcançar as meias-finais do torneio que decorre no Pavilhão Multiusos de Gondomar.

Com cerca de seis horas de recuperação, as portuguesas terão um "jogo difícil" perante a França, 18.ª pré-designada, que venceu a Índia (3-2), às 19:00 de hoje, na discussão pelo acesso à final do torneio de repescagem, cujo vencedor se apura para Tóquio2020.

"Podemos ganhar a qualquer equipa, mas também podemos perder se jogarmos bem. Temos de nos preparar bem psicologicamente e lutar por todos os pontos. Às jogadoras digo que, mesmo que só exista uma réstia de possibilidades, há sempre milagres. Nenhuma equipa está a pensar na final", referiu Xie Juan.

O torneio de qualificação olímpica por equipas de ténis de mesa apura nove seleções em cada género para os Jogos Olímpicos 2020, atribuindo ainda uma quota de dois atletas para o evento de singulares, decorrendo até domingo em Gondomar.

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