O boletim diário do Ministério da Saúde confirma que seis das mortes se registaram em Díli, quatro em Ermera, duas em Covalima e uma cada em Ainaro e Bobonaro, com a taxa de mortalidade (mortos por casos) a ser de 2,2%, muito acima dos 1,2% de 2021 e dos 0,7% de 2020.

Com os novos óbitos registados hoje, 2022 é já o ano mais mortífero dos últimos três devido à dengue, tendo em conta as 11 mortes registadas em todo o ano passado e as 10 registadas em 2020.

Segundo o boletim, registaram-se já este mês um total de 647 casos, dos quais 466 em Díli, onde os recursos médicos estão a ser esticados ao limite, com as autoridades a recorrerem a locais usados até aqui para a pandemia da covid-19.

O país está atualmente com valores baixos de casos da covid-19, com apenas 15 casos ativos em todo o país e sem qualquer hospitalização, com um total de 122 mortos e 19.866 casos registados desde o início da pandemia.

O número de casos registados só em janeiro é quase 72% do total registado em todo o ano de 2021 e cerca de 45% do total de casos registados em 2020.

Além de problemas de infraestruturas, o sistema de saúde está a deparar-se com carências de médicos e outros profissionais de saúde, e a situação poderá agravar-se nos próximos meses, segundo o Ministério da Saúde.

A maioria dos casos (389) é febre dengue, com 33 casos de febre hemorrágica e 44 de "síndrome de dengue choque", sendo estas duas as situações mais graves.

O relatório do Ministério da Saúde explica que a grande maioria dos casos afetam menores de 14 anos, com 45,7% dos casos registados em crianças com entre 5 e 14 anos, 34% entre crianças com idades entre 1 e 4 anos e 7,7% entre menores de 1 ano.

A dengue, uma doença viral transmitida por mosquitos Aedes, tem um período de incubação após a picada do inseto que pode variar entre três e 14 dias, sendo tipicamente de quatro a sete dias.

É geralmente acompanhada por sintomas como dor de cabeça, febre, exaustão, dores musculares e articulares severas, glândulas inchadas, vómitos e erupções cutâneas, com casos que variam desde infeções assintomáticas a quadros febris e síndromes hemorrágicos com choque, os mais graves.

Ao contrário da dengue, Timor-Leste registou êxitos significativos no combate a outra doença transmitida por mosquitos, a malária, com o país sem registar qualquer morte desde 2017, zero casos em 2018 e 2019 e apenas três casos de infeção em 2020.

ASP // VM

Lusa/FIm

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