O vice-presidente da Associação Nacional dos Juízes de Basquetebol de Angola (ANJBA), Wilson Boaventura, acusou esta sexta-feira, em Luanda, a direção da federação da modalidade de manobras tendentes a favorecer alguns clubes no campeonato angolano sénior masculino, BIC-Basket.

Ao intervir na conferência de imprensa de “resposta” à suspensão pela FAB de 11 associados, o responsável considerou que as mudanças de árbitros à última da hora, que na sua opinião acontecem em fases de qualificação e 'play-off', constituem formas de se tentar favorecer umas em detrimento de outras equipas.

Wilson Boaventura refere ser a suspensão da FAB “uma medida injusta”, pois, com a paralisação, a classe pretendia apenas chamar a atenção para um tratamento mais digno por parte da instituição reitora da modalidade no país.

“As mudanças dos árbitros sem um aviso prévio criam grandes transtornos à vida pessoal dos mesmos. Queríamos maior respeito pelos árbitros e a resposta foi a suspensão, num documento com conteúdo a denegrir a imagem das pessoas que muito têm contribuído ao desenvolvimento da modalidade”, disse, acrescentando que a medida não é correta por parte da FAB.

Sem adiantar nomes, o também integrante da lista dos suspensos classificou o assunto de “manobras protecionistas”, que só acontecem quando certos clubes perdem jogos, principalmente na fase de qualificação e nos 'play-off'.

“São manobras da direção da FAB na proteção de algumas equipas pelas quais têm certa preferência”, desabafou.