A equipa holandesa Belkin anunciou esta quinta-feira a saída «imediata» do seu diretor desportivo, o ex-ciclista Jeroen Blijlevens, que reconheceu ter recorrido à EPO nas Voltas a França de 1998 e 1999.

«A equipa Belkin Pro Cycling e o diretor Jeroen Blijlevens vão tomar imediatamente caminhos separados», indicou a Belkin em comunicado.

A direção da equipa, que substituiu da extinta Rabobank, acrescentou que a razão da decisão prende-se com o reconhecimento do recurso ao doping por parte de Jeroen Blijlevens num encontro com a direção da equipa, após a publicação de um relatório da comissão de inquérito do senado francês, que revelou o uso de EPO por vários ciclistas no Tour de 1998.

«A equipa dá muita importância aos valores da transparência e confiança e não vê, à luz dos últimos acontecimentos, nenhum futuro de Blijlevens na equipa», sublinhou a formação.

Uma carta de Blijlevens foi apensa ao comunicado da direção da equipa, na qual o ex-ciclista reconhece ter recorrido à EPO no Tour de 1998.

«Em 1997, decidi pela primeira vez utilizar EPO durante o Tour», escreveu o antigo corredor de 41 anos, que venceu quatro etapas do Tour (1995, 1996, 1997 e 1998), cinco etapas da Volta à Espanha e duas do Giro de Itália.

Blijlevens assinou recentemente uma declarações certificando sob sua honra que nunca utilizara substancias dopantes, justificando: a nossa equipa estava à procura de um patrocinador».

Vários corredores do Tour 1998 foram também mencionais, entre os quais os dois primeiros do pódio, o italiano Marco Pantani e o alemão Jan Ullrich, além do italiano Mario Cipollini, do alemão Erik Zabel e do espanhol Abraham Olano.