O ciclista espanhol Alejandro Marque garantiu hoje, em conferência de imprensa, que não está a ser alvo de qualquer acusação de doping, que lhe possa colocar em causa a vitória na última edição da Volta a Portugal.

O atleta galego recebeu um pedido da União Ciclista Internacional (UCI), solicitando os documentos que sustentassem a administração de betametasona durante a prova portuguesa, visto que num controlo antidoping teria acusado a presença dessa substância.

O jornal espanhol El Pais noticiou que Marque, de 32 anos, teve um controlo antidoping positivo durante a edição de 2013 da Volta a Portugal em bicicleta, acusando o recurso ao esteroide betametasona.

Alejandro Marque explica que «é normal que tenham encontrado essa substancia» no seu organismo, uma vez que ela foi administrada, mas de forma supervisionada e prescrita pelo médico.

«Tenho 10 anos de carreira, sem qualquer mancha. Sem nada que me possam apontar. Agora, espero que com isto as coisas não mudem. Não seria justo», frisou o atleta.

O espanhol explicou o porquê de ter usado o medicamento: «Durante a Volta a Portugal, tive que fazer infiltrações no joelho, mas foi tudo com prescrição médica. Tudo muito controlado e documentado. Tudo legal. Não tenho nada a esconder. A notícia que saiu de que eu acusei positivo num controlo antidoping é mentira. A única coisa que houve foi um pedido de esclarecimento».

Alejandro Marque foi anunciado reforço da equipa Movistar, após o triunfo na Volta a Portugal, mas a equipa espanhola já anunciou a desistência da contratação, devido a esta situação.

O ciclista garante que, até à data, é atleta da Movistar e não sabe de qualquer retrocesso no processo.

«Até ao dia de hoje, sou atleta da Movistar. Não fui informado de nada, nem notificado de qualquer intensão. Por isso, quando chegar a altura, vou apresentar-me para trabalhar. Mas se, de facto, estas notícias fossem verdade, e a Movistar me despedisse, por causa disto, seria uma grande injustiça, uma vez que não há motivo», disse ainda o ciclista.