Hugo Sabido, o segundo classificado da Volta a Portugal de 2012, apontou como único truque para ganhar no alto da Torre, onde hoje termina a oitava etapa, o estado de forma dos ciclistas.

O corredor esteve 17 dias “enclausurado” na Serra da Estrela. Montanha acima, montanha abaixo, a ritmo constante ou a forçar para atingir o máximo, o dorsal número um da 75.ª Volta a Portugal teve tempo de conhecer todos os recantos por onde o pelotão vai passar.

Por isso, será, muito provavelmente, quem melhor conhece a subida rumo à Torre e, como tal, a melhor pessoa a quem perguntar qual o segredo para ganhar na categoria especial do ponto mais alto de Portugal continental.

«O truque principal é sentirmo-nos bem. Obviamente que a situação de treino é totalmente diferente da corrida, porque, embora tentemos simular a competição, estamos sozinhos e estamos a seguir a nossa frequência cardíaca ou a nossa potência», disse à Lusa.

Para o ciclista da LA-Antarte, é «fundamental» conhecer os recantos que levam à Torre.

«Não fui só eu. Todos os candidatos estiveram a treinar, se não for cá no estrangeiro. O treino tem de ser feito, eu como vivo ao nível do mar tenho de deslocar-me para a montanha. É uma subida importante para ser reconhecida, embora todos os que estão na luta já a conheçam bem, mesmo o Sergio Pardilla que já a subiu noutros anos», apontou.

Hugo Sabido recorda que é essencial estar atento e ir na roda certa para chegar ao alto na frente.

«A etapa da hoje, certamente desde Vide, vai ser muito espevitada, muito atacada. Mas será a partir do Sabugueiro e depois da Lagoa Comprida que acontecerá a decisão final e é daí que vai sair o pódio final desta Volta a Portugal», assegurou.

Fora da luta pelos primeiros postos da geral, o vice-campeão de 2012 não acredita que vá haver grandes surpresas na Torre, com os primeiros a atravessarem a linha a serem os mesmos que fizeram a Senhora da Graça na frente

«Claro que a luta vai ser renhida, porque tal como até este momento, em que estão em igualdade, vai haver diferenças de segundos entre os primeiros classificados», destacou, indicando que a última contagem do dia será a mais difícil por coincidir com o final da etapa.