Jesus Rosendo vai enfrentar hoje a Torre como diretor desportivo pela primeira vez e tentar tornar ainda mais inesquecível a estreia como cérebro da tática da OFM-Quinta da Lixa na 76.ª Volta a Portugal em bicicleta.

Com Gustavo Veloso, o líder da sua equipa de amarelo, Jesus Rosendo é rápido a assumir que "a estreia não podia ser melhor".

"A experiência está a ser muito positiva e, de momento, estou contente", assumiu à Agência Lusa, confessando que, a partir do carro, é mais simples acompanhar as movimentações da corrida, uma vez que, além de irem atrás do pelotão, podem seguir as imagens televisivas.

Acostumado a pedalar, mais do que a liderar, agora é o jovem diretor desportivo, chamado na véspera do arranque da 76.ª Volta a Portugal para substituir o despedido José Barros, que toma as decisões dentro da equipa.

"A apreciação da corrida no carro é diferente do que desde a bicicleta. Ser ciclista é mais duro, porque a corrida, o calor são complicados. Fisicamente, é extremo o cansaço e, como diretor, é mais o stress de pensar, de organizar, de ter a responsabilidade de ter uma equipa que está a discutir a Volta a Portugal", enumerou, quando questionado sobre as diferenças entre a carreira de ciclista, que abandonou esta época, e a de diretor desportivo.

Jesus Rosendo aparenta sempre uma enorme tranquilidade, pautando-se pela discrição, pelo tom calmo e baixo com que fala, mas é o próprio que reconhece que na sua mente pesa a responsabilidade de que não seja um erro seu ou da sua equipa técnica a custar a amarela final.

A ajudá-lo na nova tarefa estão os corredores que ainda na última época eram seus colegas de estrada: "Eles dão-se muito bem, porque são todos corredores muito, muito profissionais. Cada um sabe fazer o seu trabalho, tanto agora como em casa. São ciclistas muito fáceis de lidar".

Depois de seis etapas, um prólogo e um dia de descanso, Rosendo já sabe qual das duas paixões - ser ciclista ou diretor desportivo - o satisfaz mais.

"Gosto das duas coisas. Uma pessoa quando é ciclista sabe que é uma carreira curta. Mas gostava mais de ser ciclista", reconheceu.

Hoje, o diretor desportivo da OFM-Quinta da Lixa tem um dos seus testes maiores, o de comandar a equipa favorita e o amarela Gustavo Veloso na sétima etapa, que vai ligar Belmonte à Torre, no total de 172,5 quilómetros.